Levir Culpi busca em ensinamentos orientais uma forma de ajudar Galo a vencer

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
Publicado em 11/09/2015 às 08:23.Atualizado em 17/11/2021 às 01:43.
 (Editoria de Arte)
(Editoria de Arte)

O jejum de 43 anos sem o título do Campeonato Brasileiro criou, na espiritualidade alvinegra, a necessidade de encontrar o caminho da libertação. Porém, 2015 pode ser o ano da resposta a este desejo. Vice-líder da Série A, o Galo segue perseguindo o Corinthians para, em dezembro, tentar finalmente alcançar o Nirvana na principal competição nacional.

Para isso, nada melhor do que ter no comando o técnico Levir Culpi, que vem se aprofundando na sabedoria do budismo. “Eu falei com os jogadores que não existe o futuro. Só existe o presente. Isso é Buda, sabiam disso? A gente tem que se preocupar com a próxima partida, sem fazer muita conta”, prega o treinador alvinegro, que pretende compensar os tropeços do primeiro turno contra Cruzeiro (derrota) e Santos (empate), próximos adversários do Galo no Brasileirão.

A filosofia nascida na Índia, por volta do século VI a.C., transformou-se em doutrinação espiritual, sem adoração a um Deus específico. Os ensinamentos de Buda – não é nome, mas uma condição espiritual de ser iluminado do fundador do Budismo, Sidarta Gautama – entrou na vida de Levir de forma inesperada.

Após passar quase sete anos no Japão, país onde o budismo é a segunda conduta espiritual mais adotada, o treinador atleticano descobriu a filosofia oriental no Brasil, através da literatura.

Na estante do treinador, as biografias de Phil Jackson (técnico de basquete 11 vezes campeão da NBA) e do cientista alemão Albert Einstein dividem espaço com duas obras recém-lidas sobre a crença hindu.

Paz absoluta

Levir ficou tão impactado pela descoberta do budismo que até tentou a meditação, processo pelo qual o praticante busca o equilíbrio, por meio de uma mente menos atribulada. Mas o comportamento inquieto do treinador foi uma barreira para a missão, como relata a esposa do técnico, Marília Culpi.

“O Levir estava tentando ficar mais zen. Eu sugeri que ele tentasse a meditação junto comigo, mas é impossível fazer . Pois a meditação não é fácil, envolve todo um treinamento, e o Levir é muito agitado”, revela Marília, em entrevista ao Hoje em Dia.

Vovô de primeira viagem

Enquanto o Brasil curtia o feriado da Independência, Levir comemorava a chegada do mais novo membro da família, Davi. A filha mais nova do treinador, Mayra, deu à luz ao primeiro neto do atleticano. “Queria mandar um abraço para o novo habitante do planeta, que se chama Davi. Espero que ele não siga minha carreira, que seja médico ou advogado”, saudou o vovô.

Retornos
A reapresentação do Galo foi marcada pela volta de Douglas Santos, Eduardo e Carlos. O primeiro serviu à Seleção Brasileira nos amistosos contra Costa Rica e EUA. Não entrou em campo, mas retorna à lateral esquerda. Já os outros dois estavam no time olímpico, que perdeu para a França.

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