Esse aí é brasa: denúncias apontam que Switch pode apagar de vez e até empenar com calor

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
09/04/2017 às 10:08.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:04

O Switch já mostrou que será a tábua de salvação da Nintendo, com números superiores a 1,5 milhão de unidades nos primeiros dias de vendas. No entanto, relatos de falhas e até deformação do console (como foi publicado recentemente no Reedit) podem afugentar o consumidor, que ficará receoso de ser um “premiado” numa falha de projeto. E aí vem a pergunta: vale a pena apostar em um produto na época do lançamento?

É nos primeiros meses de mercado que os produtos são testados para valer. Afinal, laboratório nenhum consegue replicar o comportamento de uma massa global de consumidores. E não é raro surgir falhas que vão sendo aparadas durante a vida útil do aparelho.

O novo problema do Switch é que ele supostamente pode se deformar se ficar muito tempo no dock para conexão com o televisor. Segundo o autor da postagem, ele praticamente não utilizou o Switch no modo portátil. Ele afirma que o tempo de uso total não superou 50 horas e percebeu que o aparelho estava empenado. Não demorou muito para outros frequentadores do Reedit também postarem fotos dos consoles deformados, assim como uma série de comentários relatando ocorrências semelhantes. 

Misto quente
Uma das supostas causas do problema pode ser o superaquecimento do console. Vários consumidores relataram que o videogame da Big N esquenta muito. No entanto, enquanto está no dock, o jogador não percebe o excesso de calor, que pode ser amplificado devido ao confinamento do console na base que literalmente faz um sanduíche do Switch. 

Por aqui, onde o aparelho tem sido vendido de forma não oficial (sem garantia de fábrica) com preços entre R$ 2.500 e R$ 3.500, o risco de o console derreter é algo preocupante, mesmo sendo um problema que atingiu um número muito pequeno de consumidores. A Nintendo não comentou o caso.

Tela Azul
Os problemas do Switch foram relatados logo no primeiro final de semana após a estreia. Na ocasião, alguns consumidores foram às redes sociais para apontar que as unidades tinham apresentado ruídos estranhos e, quando reiniciados, exibiam apenas uma tela azul. 

A Nintendo recomendou que os aparelhos fossem levados até as lojas para substituição ou despachados para a fabricante para análise. E que poderia até motivar uma ação de recall.

Riscos
O recall se tornou um termo popular no mercado automotivo, mas também atinge brinquedos, medicamentos e uma infinidade de produtos industriais. Com videogames os desdobramentos são mais brandos, devido ao fato de que geralmente as falhas de projeto ou defeitos crônicos não expõem os consumidores a acidentes.

Mas não é de se espantar ao vermos notícias de aparelhos que travam ou queimam com facilidade nos primeiros meses de mercado. A Microsoft teve que substituir cerca de 14 milhões de fontes de alimentação do Xbox 360 em 2005 por risco de incêndio.

Três Luzes Vermelhas
No entanto, um dos casos mais emblemáticos foi o episódio do “Anel Vermelho da Morte” ou “Red Ring of Death” (RRoD), que acometeu o Xbox 360 meses depois do lançamento, em 2005. Uma falha na placa mãe podia gerar um erro geral no hardware e inutilizar o aparelho.

De acordo com Peter Moore, que era presidente da divisão Xbox na época, os prejuízos com a troca de consoles defeituosos por novos foi de US$ 1,15 bilhão (R$ 3,5 bilhões). A solução foi a substituição do modelo de placa mãe, mas a Microsoft demorou para descobrir a origem do problema.

Então? Vale a pena comprar um console na data do lançamento ou é melhor esperar um pouco mais, mesmo que isso signifique ficar de fora dos fenômenos do momento, como o “The Legend of Zelda: Breath of the Wild”, que é a estrela do Switch?

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