Crianças enfrentam conflitos internos e externos no novo "A Guerra dos Botões"

Giselle Araujo - Do Hoje em Dia
03/08/2012 às 11:40.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:07
 (One World Films/Divulgação)

(One World Films/Divulgação)

A infância não é tão cor-de-rosa como os adultos costumam pintar quando o assunto é o cotidiano. E essa realidade transposta para a ficção pode revelar que, mesmo protegidas pela inocência, as crianças enfrentam conflitos internos e externos. É assim com o filme "A Guerra dos Botões" (La Guerre des Boutons/2011), que estreia nesta sexta-feira (3) em Belo Horizonte, no Usiminas Belas Artes.

A quarta versão para as telas da obra do escritor e soldado francês Louis Pergaud (1882-1915), dirigido por Yann Samuell, narra a aventura de crianças que desperta sentimentos e sensações as quais os mais desavisados veem como prerrogativas de quem já cresceu.

O remake é, além de uma tensa e divertida história sobre a infância, um manifesto pacifista. Ambientada na década de 1960, no sul da França, e com bela fotografia, a trama mostra dois grupos de meninos, de 7 a 12 anos, perpetuando os embates que começaram em gerações anteriores de moradores dos vilarejos de Longeverne e Velrans.

Com espadas de madeira e estilingues, eles travam uma batalha sem fim e sem objetivo. Enquanto isso, jovens e adultos, inclusive ex-combatentes da aldeia, enfrentam as tragédias de um front de verdade, na Guerra da Argélia (1954-1962).

O drama dos pequenos soldados – que resistem à presença de uma única menina – é chegar em casa sem os botões das roupas. Já o dilema do protagonista Lebrac, líder dos Longeverne, é viver a infância tão oprimido quanto a um adulto e ter que realizar seu sonho de liberdade tão cedo.

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