"Na Terra do Amor e Ódio" marca estreia de Angelina Jolie como diretora

Paulo Henrique Silva - Do Hoje em Dia
07/12/2012 às 11:18.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:10
 (Divulgação)

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Com "Na Terra do Amor e Ódio", uma das estreias desta sexta-feira (7) nos cinemas, Angelina Jolie é a nova integrante do rol (ainda modesto) de atrizes que passaram para trás das câmeras em filmes de ficção.

Com uma carreira ligada à beleza, apesar de tentar outros caminhos, Angelina não se intimida, mostrando ousadia ao escolher um drama amoroso que se desenrola na guerra da independência da Bósnia-Herzegovina. Não é difícil explicar a opção: a atriz é embaixadora das Nações Unidas para os Refugiados, viajando a diversos países da Ásia e África.

Projeto pessoal

Seguindo os passos de Barbra Streisand, que produziu e roteirizou seus filmes, nas décadas de 1980 e 1990, e se tornou a atriz mais bem-sucedida na transição para a direção, Angelina transformou "Na Terra do Amor e Ódio" num projeto muito pessoal, sem se valer de atores de renome, e filmado em locações na Bósnia.

Como a cineasta frisa nos créditos, o que aconteceu entre 1992 e 1995 não ficou aquém das atrocidades cometidas durante a 2ª Guerra, como campos de extermínio, perseguição a etnias e estupro de mais de 60 mil mulheres por soldados sérvios.

Nos primeiros 15 minutos, esse quadro de crueldade já é desenhado, às vezes até de forma caricata na maneira como exibe a violência sérvia, para logo focar na protagonista Ajla (Zana Marjanovic).

Contradição

Ajla poderia ser uma heroína, mas não é o que Angelina acentua. O que faz o filme alçar voo é a contradição vivida pela personagem, que passa a aceitar como normal a violência do amante, o oficial sérvio que a protege.

Quando se detém na relação força/submissão, o olhar de Angelina se amplia, não mais se atendo ao sofrimento das muçulmanas, mas ao de todas as mulheres subjugadas. A força das armas não seria muito diferente do jugo histórico.

Outros títulos

Também entra em cartaz "A Escolha Perfeita". Nele, Beca (Anna Kendrick) não se adapta à Universidade até entrar para um grupo de cantoras, o The Barden Bellas. Já na Mostra de Cinema Polonês, destaque para "Pequena Moscou", com Svetlana Khodchenkova.

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