(Warner/Divulgação)
Baseado no livro de Jonathan Safran Foer, "Tão Forte e Tão Perto" (Warner) transforma o ataque terrorista às Torres Gêmeas, em 2001, numa espécie de segundo Holocausto, focando a tragédia pelo ponto de vista de família judia.
O filme dirigido por Stephen Daldry ("Billy Elliott") promove um recorte mais substancial do que simplesmente tentar reproduzir a sensação coletiva de perda. O enredo evita focar a tragédia em si.
A sensação é reelaborada, fantasiada e ressignificada pelos olhos de Oskar, de 11 anos, vivido por Thomas Horn, que acabou de perder o pai (Tom Hanks), um dos que estavam no prédio no momento do ataque.
Mais do que despertar a nossa solidariedade por conta de ação tão brutal, o filme de Daldry fala sobre a perda de outro tipo de herói, justamente a pessoa que lhe ensinou a enxergar a vida de maneira menos dura.
O que faz o filme alçar voos próprios é como o garoto processa a perda, entrando num mundo muito particular, entre a fantasia e a loucura. Esse mecanismo de defesa é o que mais interessa no roteiro. Para Oskar, é a possibilidade de retomar a comunicação interrompida abruptamente.