Comida à moda antiga; Três boas pedidas em BH

Altino Filho - Do Hoje em Dia
01/07/2012 às 15:27.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:14
 (DIVULGAÇÃO)

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Dois dos mais tradicionais bairros da cidade – Santa Tereza e Horto – têm alternativas interessantes para quem quer comer bem e ainda curtir o ar bucólico que, felizmente, sobrevive na Belo Horizonte de hoje. Isso, claro, longe da badalação e do desfile de automóveis importados da região da Savassi e do bairro de Lourdes.

O Köbes, depois de um tempo sem servir seu principal prato, o carré de javali, volta à caça. Agora é a vez da picanha – o corte nobre do javali – que o proprietário, finalmente, descobriu com um bom fornecedor da carne.

E olha que, criterioso, ele ficou quase um ano testando vários criadores do bicho. Prestes a completar 15 anos de vida, o Köbes é daqueles lugares que aliam boa comida (com forte sotaque gaúcho e alemão) com uma hospitalidade incomum nos dias de hoje, vinda diretamente dos donos da casa: Afonso e sua mulher, Nair.

No cardápio, cordeiro, coelho, pato, codorna e rã, além do javali, claro. O pato é o único que tem que ser pedido com antecedência, tanto para quatro pessoas (R$ 81,90) ou para oito (R$141,90).

A razão é o tempo longo de preparo: cerca de duas horas e meia.
As entradas também são especiais. Destaque para o bolinho de arroz com recheio de feijão (R$ 2,80 a unidade), farofinha de alho (R$ 8) e a batata a moda alemã (R$ 16). Uma peça de picanha de javali de 500 gramas sai por R$ 74. O Köbes fica a 100 metros do estádio Independência e, jogo mesmo, é comer por lá antes da partida.

Godofredo

No Godofredo, nesse comecinho de inverno, a pedida são os caldos. O caldo verde é uma ótima opção, mas o cardápio não se esqueceu dos clássicos feijão e mandioca. Sem muitas firulas, a casa oferece filé com fritas, linguicinha com mandioca e o inusitado quiabo hare (quiabos inteiros fritos na manteiga e acompanhados de cogumelos frescos). Nas sextas-feiras e nos sábados, tem música de qualidade: Gabriel Guedes, filho de Beto e neto de Godofredo, e seu parceiro Rodrigo Borges (sobrinho de Lô).

O clima de Clube da Esquina permeia todo o espaço e a casa se torna um ótimo lugar para levar aquele amigo de Porto Alegre ou o primo de Recife.

Santa Pizza

Nossa terceira dica é a Santa Pizza. Localizada numa charmosa casa dos anos 30, com pé-direito alto e telhas francesas, o estabelecimento pediu emprestado a todos os santos proteção para a massa que é oferecida em 27 versões. Santo Agostinho sempre é muito evocado: muçarela, molho de tomate especial (feito na própria casa), geleia de damasco, presunto de parma, nozes e manjericão (R$39 a pequena, para um bom comedor, e R$ 53 a grande, para o casal).

Santa Bárbara não fica atrás e vem com atum, azeitonas pretas, cebola roxa e orégano (R$ 33 a pequena e R$ 45, a grande). Nos anos 40, ali funcionava um armazém de secos e molhados, e a grande sacada, além das pizzas feitas no forno a lenha, é a permanência do charme da época.


Confira os endereços

Köbes
Rua Professor
Raimundo Nonato, 31 Horto (próximo da avenida Silviano Brandão)
Fone: (31) 3467- 6661

Santa Pizza
Rua Silvianópolis, 452
Santa Tereza (próximo à Parada do Cardoso)
Fone: (31) 2555- 8222

Godofredo
Rua Paraisópolis, 738
Santa Tereza (entre ruas Divinópolis e Bom Despacho)
Fone: (031) 3483- 6341
 

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