Cauby Peixoto faz única apresentação em Belo Horizonte

Elemara Duarte - Do Hoje em Dia
14/09/2012 às 11:31.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:17
 (Noir/Divulgação)

(Noir/Divulgação)

Cauby Peixoto atende o telefone cantando "Conceição". Não é coisa para aparecer: parece que a música é algo tão comum e natural para ele quanto dizer "alô". O artista, que contabiliza 81 anos de vida, volta a Belo Horizonte no sábado (15) para mostrar o show "A Voz do Violão", no Grande Teatro do Palácio das Artes, às 21 horas.

Na apresentação única, ele vem acompanhado do violonista Ronaldo Rayol – irmão de outro ídolo da voz, o cantor Agnaldo Rayol. Assim como ao telefone, no repertório, "Conceição" não pode faltar.

Há mais de uma década Cauby não cantava em BH em shows abertos ao público. Mas a ausência tem um motivo: "Eu estava muito ocupado por aqui, entre São Paulo e Rio. No Brahma (bar na capital paulista), fiquei dez anos fazendo shows", justifica. Hoje, o artista faz cerca de oito apresentações por mês e diz que não se cansa. "Gosto de cantar", finaliza. Viu como, nele, isso é natural?

Bastidores

Além de seu maior sucesso, Cauby traz outra canção-marca registrada dele: "Bastidores", de Chico Buarque. "Chorei, chorei/ até ficar com dó de mim/ E me tranquei no camarim...", cantarola mais um verso.

Há também canções de um dos três discos do box "Cauby, o Mito", lançado no final do ano passado e que marca os 60 anos de carreira do cantor. "É um mundo de músicas. Canto em inglês, em espanhol, em francês e italiano. Tem muita coisa boa e bonita que eu gravei e os amigos de Belo Horizonte vão ouvir", adianta.

O intérprete faz questão de frisar: "Sinto muitas saudades de Belo Horizonte. Eu fazia muita seresta na Pampulha". E emenda cantando: "Lábios que eu beijei/ Mãos que eu afaguei/ Numa noite de luar, assim/ O mar na solidão bramia..."

É de arrepiar o vozeirão ao pé do ouvido. A valsa gravada originalmente por Orlando Silva, em 1937, serve para que Cauby aponte uma mudança na voz. "Você ouviu o grave que eu dei? Eu ganhei muito no grave. Ficou mais bonita". Fica mais sensual, Cauby. "Exato. Fica mesmo", concorda.

Projetos

E é nas serestas que Cauby aposta para a gravação de um novo disco, a ser lançado no final outubro, com o título "Minha Serenata", que também dá nome a uma das músicas. Nele, Cauby canta "Lábios que Beijei" e "A Deusa da Minha Rua" – "Tem os olhos onde a lua/ Costuma se embriagar..." canta, para lembrar de uma das faixas.

Entre as demais faixas do novo disco, tem mineiro na parada. "A Flor e o Cais", música composta por Wagner Tiso em homenagem a Cauby.

"Wagner Tiso fez quando ele comemorou seus 50 anos e pediu ao Cauby que cantasse essa música em uma festa no Theatro Municipal do Rio de Janeiro", conta a produtora, empresária e amiga Nancy Lara, assumindo a ligação. Outra canção é "Por quem Sonha Ana Maria", do menestrel Juca Chaves.


Serviço

Cauby Peixoto – Sábado, às 21 horas, no Grande Teatro do Palácio das Artes. Ingressos: Plateia I - R$ 150 (inteira) e R$ 75 (meia). Plateia II – R$ 130 (inteira) e R$ 65 (meia). E Plateia Superior- R$ 110 (inteira) e R$ 55 (meia). Informações: (31) 3236-7400.


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