Janaína Moreno afia repertório de CD no palco do Granfinos

Miguel Anunciação - Do Hoje em Dia - Do Hoje em Di
13/10/2012 às 10:45.
Atualizado em 22/11/2021 às 02:03
 (Janaína Moreno/Divulgação)

(Janaína Moreno/Divulgação)

Desde 2008, quando venceu o concurso para novas sambistas do bar Carioca da Gema, Janaína Moreno viu sua vida mudar completamente. O volume de convites para shows e de novos compromissos de carreira justificaram sua mudança de endereço para o Rio de Janeiro, onde mora e vai muito bem, obrigado. Desde então, não mais fez show em Belo Horizonte, para onde retorna amiúde porque familiares e amigos permaneceram aqui. E porque “a gente sai de Minas, mas Minas não sai da gente”.

“Favela Cabaré Jazz Band - A Festa”, show que a cantora e atriz realiza, na noite deste sábado (13), no Granfinos (outras informações no Roteiro), é o primeiro desde a vitória que redefiniu toda a sua carreira – a propósito, iniciada quando ela ainda era bem menina, integrava o grupo Arco-íris, mas já tinha “consciência e confiança que sabia e queria cantar”.

Jamais sua (longa) carreira esteve tão próximo de alcançar tudo o que tem prometido. O show que ela traz à cidade tem visitado endereços importante da vida boêmia carioca (Rio Scenarium, Cordão do Bola Preta, Semente, Carioca da Gema, Miranda), chamando atenções de quem sabe, de fato, o que é bom.

Convite ao samba

Semana passada, Janaína participou de “Samba na Gamboa”, programa que Diogo Nogueira comanda na TV Cultura, com inegável sucesso. Cantou seis músicas, cinco do repertório de Alcione, homenageada pelos 40 anos de carreira. “A produção pediu alguém que ela admirasse da nova geração e ela me indicou. Quase caí para trás ao receber o convite. É uma grande honra. Depois, ela me convidou para cantar num show dela e agora trocamos e-mails. Ela é super carinhosa, curiosa, atenta a tudo. Se a verba der, quero que ela participe do meu disco”, diz.

Para quem ainda não sabe, desde 2011 Janaína prepara um CD, o primeiro da carreira. Será produzido pelo baiano Luiz Brasil, produtor de uma pá de notáveis: Caetano, Gal, Gil, Cássia Eller, Jussara Silveira. Cerca de 70% do repertório será apresentado no show de hoje. Mescla inéditas (como “Escada Abaixo”, do gaúcho Eduardo Pita; três dela mesma, letra e música) e reconhecidas. Como “Pago pra Ver”, do mineiro Toninho Gerais, e “Flor de Maracujá”, de João Donato.

Só gente bamba

Afiadíssima, a banda do show é a mesma do disco: Nelson Freitas/piano e acordeom, Nema Antunes/baixo, Daniel Santana/guitarra, João Bani/percussão e Rodrigo Serra/bateria. Todos têm vasta quilometragem e serviços prestados a grandes figuras da cena nacional. Sob a direção cênica do ator Camilo Lélis, recém-instalado no Rio, o show recebe como convidados especiais Sérgio Pererê, Thiago Delegado e Marcelo Veronez.

“São grandes artistas e grandes amigos, gente que participa da minha carreira há muitos anos”, enfatiza Janaína. Atriz formada em 2008, pelo TU, ela aceitou alguns convites do cinema e da publicidade. O teatro tem ficado em segundo plano, seu foco é a música.

Aprovada na lei Rouanet, a gravação do CD compartilha um site de crowdfunding (sistema que distribui cotas aos investidores), o Sibite.com.br.

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