Jorge Vercillo apresenta sua nova turnê no Palácio das Artes

Do Portal HD
29/08/2012 às 17:58.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:51
 (Divulgação)

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Jorge Vercillo volta a Belo Horizonte para divulgar seu novo álbum, "Como Diria Blavatsky". O show rola na quinta-feira (30), às 21 horas, no Palácio das Artes.

O músico vem percorrendo o país (e a Europa) desde o final de 2011 para promover o disco e traz no repertório sucessos que arrebataram o público, como "Sensível Demais", "Monalisa", "Homem-Aranha" e "Arco-íris".

O Portal HD entrevistou o artista, que apontou Ninah Jô e Maria Gadú como influências atuais na MPB, e ainda falou sobre a divulgação de seu trabalho na internet.


Confira, abaixo, o bate-papo que o Hoje em Dia teve com Vercillo:


Como foi a turnê na Europa? Como você sentiu a força da música popular brasileira em território estrangeiro?

Sempre tive certa preguiça de tocar no exterior e confesso que às vezes dá medo mesmo! Fico assustado com a correria de um país para outro! Não sei se gosto dessa loucura! Um dia em Lisboa, no outro em Genebra... Paris... No entanto, tivemos momentos inesquecíveis, como em shows no Porto e nos três shows em Londres lotados. Ou em visitas como Montreaux, na Suíça. Em Veneza, no início, ou mesmo em Paris, no Day Off, num restaurante maravilhoso indicado pelo Chico (Buarque), que conhece tudo de lá. Nice, na Costa Azul da França... Mas não via a hora de voltar. Fui convidado a tocar em casas conceituadas de jazz, como o New Morning, em Paris, e o Express Jazz, no Soho (Londres), mais pelo lado exótico das músicas minhas do "lado B", que nunca tiveram espaço nas rádios do Brasil. Foi mais por esse lado conceitual do que propriamente pelos hits. Claro que os brasileiros querem as canções de novela como "Ela une Todas as Coisas" e "Fênix". Já os estrangeiros pediram algumas como "Quando eu Crescer", com uma rítmica africana e gravada em Luanda, com coro no dialeto Kimbundo, ou o samba meio torto em 7/8 de "Numa Corrente de Verão", em parceria com Marcos Valle.

Qual o papel que o Max Viana e o Thiago Varzé exercem no show? Como é a cumplicidade com esses artistas?

O Max é um amigo e parceiro da música "Caso Perdido". Ele está lançando o CD "Um quadro de nòs Dois" e cantará algumas conhecidas dele, como "Canções de Rei", "Sai Daqui Tristeza". O Thiago é um novo compositor, de São Paulo, que fará a abertura do show com a banda dele. Ao fim da minha apresentação, convidarei os dois pra cantarmos juntos algo meu. Fico feliz em poder estar presente nesse momento da carreira deles.  
Como será o show em Belo Horizonte? Você irá se apresentar numa das casas mais importantes da cidade. Dá um certo frio na barriga, mesmo com tanto tempo de estrada?

Não no caso de BH e do Palácio. Me dá felicidade e expectativa mesmo, pois estou com saudade de cantar para o público daí.

O que você tem escutado na MPB que vem chamando a sua atenção?

Ninah Jô, Maria Gadú, Antônio Villeroy pelo talento na composição, afinação e musicalidade.

Qual a sua relação com a internet para divulgar seus trabalhos?

Criamos uma promoção para os fãs que comprarem meus discos, com acesso especial a vídeos e outros brindes. Foi criação da minha equipe que visa valorizar e fidelizar quem compra os CDs originais, que já se encontram num preço mais acessivel em várias lojas. Nessa área exclusiva, pra quem tem o código vindo junto com o disco, temos o making off de todas as músicas gravadas, gravações e demos. Agora começaremos a colocar as cifras das musicas. O mundo inteiro está em transformação, nosso mercado musical. Acho que temos que ter uma venda digital legalizada, barata e fácil pra todos. O Itunes já dá sinais de crescimento no download pago com segurança e rapidez. Existe um grupo de artistas (no qual estou incluso) que ainda vende CDs, DVDs (na medida que a pirataria deixa) e tem um público de exigente gosto musical, que consome e procura esses produtos. Temos que ter consciência que se não encontrarmos novas mídias e um download barato mas pago, o nível musical poder cair vertiginosamente, pois existem centenas de milhares de profissionais que vivem da música em todo mundo e só o show não comporta os custos.


Serviço

Jorge Vercillo - Grande Teatro do Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1537, Centro), na quinta-feira (30), às 21 horas. Ingressos de R$ 30 (meia-entrada Platéia Superior) à R$ 80 (inteira Platéia I). As entradas são vendidas na portaria e pelo site http://www.Ingresso.com.

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