(Anja Collins/Divulgação)
De volta ao Brasil, um dos mais jovens e respeitados instrumentistas do país, o violinista Luíz Filíp chega a Belo Horizonte pela primeira vez interpretando o Concerto nº 2, de Guarnieri, no concerto da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.
A apresentação do músico de 27 anos, natural de Campos de Jordão, que desde 2001 reside na Alemanha, acontece nesta quinta-feira (26), a partir das 20h30, no Grande Teatro do Palácio das Artes. Os ingressos custam R$ 54 (Plateia I), R$ 37 (Plateia II) e R$ 25 (Plateia superior), com meia-entrada conforme a lei.
"É muito bom poder voltar para casa e tocar em BH pela primeira vez. Minha última apresentação foi em 2001, durante o Festival de Inverno de Campos do Jordão. Toco aqui e depois (dia 28 de julho) me apresento lá. Será sem dúvida um momento muito importante", diz o músico, que apresenta-se regularmente em Berlim, Roma, Tóquio, Tel Aviv e Paris. E mais: em 2009, Luíz foi convidado pelo governo alemão a se apresentar no Palácio Bellevue, durante o encerramento da visita oficial do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Alemanha.
Primeiro brasileiro a ocupar uma vaga na Orquestra Filarmônica de Berlim, o artista toca em um violino Lorenzo Storioni (de 1774) pertencente ao governo alemão. "Percebo como a música erudita e tudo que de alguma forma chega com ela tem ganhado força por aqui. A produção, as escolas e o próprio público estão mais receptivos. Fico feliz que estejamos oferecendo música de qualidade. E mais ainda que os profissionais estejam sendo valorizados. Tudo isso de uma forma muito rápida, quando fui morar na Alemanha as coisas eram bem diferentes", recorda.
Segundo o violinista, as indicações para aceitar o convite para a apresentação partiram de músicos alemães que se entusiasmaram com a orquestra mineira. "Dois amigos que se apresentaram por aqui ficaram tão felizes em se apresentar aqui que não pude recusar", conta.
Ao lado do músico, a Filarmônica de Minas apresentará, sob regência do maestro Fabio Mechetti, a sinfonia "Leningrado", de Shostakovich, uma das obras de maior força dramática do século 20. Ela descreve os eventos do cerco à cidade russa, que culminaram com a morte de milhares de pessoas.