Quando contou ao Hoje em Dia que andava ouvindo muito as músicas do Two Door Cinema Club, Samuel Rosa explicou que havia se encantado com a qualidade das melodias dos britânicos. "Não é uma banda sisuda, seu som é festivo e ensolarado", disse.

O vocalista do Skank soube explicar bem porque o TDCC conquista tanto público mundo afora. A banda está longe de ser inventiva, inovadora ou intelectualmente relevante. Mas é bastante divertida – no fim das contas, é o que mais interessa.

Seu segundo álbum, "Beacon" (Universal Music), é menos dançante do que o anterior, "Tourist History". Mesmo assim, continua com uma grande referência à sonoridade oitentista – New Oder, A-Ha e companhia. Uma fórmula que já vem sendo conduzida com muito sucesso pelos norte-americanos do The Killers.

Faixas como "Next Year", "Wake Up", "Handshake" e "Sleep Alone" são bastante convidativas para uma pista de dança. Se a sensação de nostalgia pegar o ouvinte em cheio, certamente mais um fã terá sido conquistado.

Déjà vu

Mas é bom avisar que, embora divertido, "Beacon" soa um pouco repetitivo. As introduções, ora com forte marcação de baixo ora com ênfase nos sintetizadores, têm poucas variações. As entradas para os refrões também fogem pouco do tradicional. Nesse sentido, músicas como "Settle" e "Spring" incomodam pela falta de criatividade.

"Beacon" pode levantar qualquer público numa festa. Mas deve ser consumido com moderação.

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