Jipinho e sedã Classe C, da Mercedes-Benz, serão produzidos no Brasil

Eduardo Sodré, Enviado especial - Folhapress
09/09/2013 às 19:21.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:48

FRANKFURT (Alemanha) - São Paulo ou Santa Catarina. Esses são os dois estados que sobraram na disputa pela nova fábrica da Mercedes-Benz no Brasil, cujo início da produção está previsto para 2015. Os primeiros modelos nacionais serão o utilitário esportivo GLA e a próxima geração do sedã médio Classe C, segundo apurado pela reportagem.

Os executivos da empresa alemã evitam mencionar valores, embora já tenham definições sobre quantos veículos poderão ser montados na primeira etapa. "A fabricação de automóveis é um projeto de longo prazo, que começará com uma capacidade produtiva de cerca de 30 mil unidades", disse Philipp Schiemer, presidente da Mercedes do Brasil.

A montadora acredita que o mercado de luxo no Brasil irá crescer nos próximos anos. Hoje, as vendas do segmento (que inclui também as marcas Audi, Volvo, Jaguar, Land Rover e Lexus) estão em cerca de 50 mil unidades por ano.

O anúncio do local da fábrica deverá acontecer no início de outubro, pois a Mercedes não quer ficar atrás de sua maior rival no segmento de automóveis. A BMW começará em novembro a construção da fábrica de Araquari (SC) e pretende apresentar seu primeiro carro nacional no Salão de São Paulo de 2014.

Mas a Mercedes terá um outro trunfo na briga pelo topo de seu segmento: o sedã CLA será feito em Aguascalientes, na planta mexicana da Nissan. As empresas fecharam um acordo global em 2011, que prevê o desenvolvimento conjunto de novos produtos. Com isso, o carro poderá chegar ao país com redução de tributos.

As primeiras unidades do CLA virão da Hungria -a estreia do sedã no Brasil está confirmada para o fim deste ano. A data de início da produção no México ainda não foi revelada.

Veículos Pesados

Enquanto a produção de veículos de passeio no país passa pelas últimas definições, a produção de ônibus e caminhões passa por um bom momento. "Nosso negócio nesse setor depende do desempenho da agricultura e da construção civil, que estão indo bem" disse o presidente da Mercedes-Benz do Brasil.

Contudo, Schiemer reclama dos problemas de logística. "O custo do transporte no Brasil é elevado. Gastamos menos para mandar um caminhão da Alemanha para o Chile do que exportando-o a partir do Brasil".

Por isso os custos logísticos serão decisivos na escolha do endereço da futura fábrica de automóveis da marca alemã no país. Essa é uma das principais questões avaliadas pela empresa alemã antes de decidir qual será o endereço da nova fábrica.

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