(Lamborghini)
Em 1974, a fábrica de Ferrucio Lamborghini desenvolveu um conceito de carroceria em que a cabine avançava pelo eixo dianteiro, as portas se abriam para cima e o conjunto motor ficava esparramado na seção posterior. A primeira obra foi o Countach, que foi sucedido por Diablo, Murcialogo e Aventador. Todos munidos de um portentoso motor V12 atrás dos bancos. Mas no meio dessa trajetória surgiu um modelo menor, com portas convencionais, com motor V10 e a mesma índole, batizado de Gallardo e que, depois de 10 anos, dá lugar ao Huracan, que faz sua estreia no Salão de Genebra, em março.
O novo “touro” de Sant’Agata Bolognese, cidade sede da Lamborghini Automobile S.p.A, chega para ser o modelo de entrada da marca, abaixo do Aventador na versão LP-610-4, em que LP quer dizer “Longitudinale Posteriore”, que corresponde à posição do motor na carroceria, e os três algarismos informam a potência do V10 5.2 litros, herdado de seu antecessor. O número quatro, por sua vez, indica a tração integral.
Em relação ao Gallardo, o novo Lambo ficou mais leve e mais potente. Dessa forma, são necessários apenas 3,2 segundos para sair da imobilidade e chegar aos 100 km/h – para ultrapassar a barreira dos 200 km/h são acrescidos mais 6,7 segundos.
Como todo bom superesportivo italiano, não há sobrealimentação, com o turbo-compressor ou o compressor mecânico. Por não contar com nenhum recurso para obter mais potência, para chegar aos 610 cv é preciso levar o conta-giros à marca de 8.250 rpm. Já a oferta máxima de torque (57,1 mkgf) está disponível a 6.500 giros. Números que lhe credenciam a superar a marca dos 320 km/h.
Apesar de se manter purista em muitos quesitos, o Huracan herdou tecnologias do Grupo Volkswagen, proprietária da Lamborghini. O superesportivo conta com direção assistida importada dos esportivos da Audi, com três modos de carga, discos de freios em carbono-cerâmica e até sistema de entretenimento.
Estilo
Como todo Lamborghini que se preze, o Huracan tem capô diminuto, generosas tomadas de ar nas laterais e um enorme compartimento para o motor. Observando a lateral, fica nítido que o estilo inaugurado há 40 anos pelo Countach continua futurista.
As linhas agressivas e os vincos são inspirados no Aventador, assim como o layout do interior. O motorista fica encaixado como se fosse um cockpit de um bólido de corridas. Todos os comandos estão à sua disposição no console central. Como o botão de partida, protegido por uma capa como se fosse um jato.
O painel totalmente digital exibe informações de maneira analó-gica, com o conta-giros ao centro. A tela de 12 polegadas do console integra as funções de entretenimento, navegação, telefonia e os instrumentos auxiliares.