Marcio e Patrus expõem feridas da aliança firmada entre PT e PSB

Humberto Santos - Do Hoje em Dia
25/09/2012 às 22:25.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:35
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

As críticas do candidato Patrus Ananias (PT) e do ministro Fernando Pimentel à gestão do prefeito Marcio Lacerda (PSB) reabriram as feridas da separação entre os dois partidos aliados. Marcio respondeu aos adversários, acusando Pimentel de ter gerido recursos da prefeitura de forma irregular, o que levou a administração a ter as contas bloqueadas para repasse do governo federal. O socialista também ironizou os ataques de Patrus, dizendo que até o último momento ele quis ser seu vice.

“Durante a minha gestão tive sérios problemas para fechar as contas com o Ministério da Saúde, de uma UPA construída na gestão anterior, na regional Oeste, que o Ministério da Saúde deu ‘bomba’ na prestação de contas, iniciou a tomada de contas especial e tivemos que devolver R$ 1,5 milhão”, disse Marcio.

Contas barradas

“Durante um bom período todas as contas da prefeitura em Brasília ficaram travadas em função desses repasse, porque se fez (a UPA) a toque de caixa, sem projeto adequado, aí aparece aditivos. A área técnica do ministério não concorda com aditivos”, explicou o socialista.

O prefeito fez essa acusação após receber críticas da campanha petista, de que sua administração recebeu recursos do governo federal para a construção de unidades de pronto atendimento (UPA) sem ter realizado as obras.

“Não existia UPA no nosso programa de governo (em 2008). Essa demanda apareceu depois. As sete UPAs que estamos construindo estão custando, em média, incluindo a desapropriação dos terrenos, mais de R$ 7 milhões cada uma. O governo federal entra com R$ 2,6 milhões. Então, não tem como você ter os R$ 2,6 milhões do governo federal e como você vai arrumar mais R$ 5 milhões?”, ironizou o prefeito.

Rebatida

Questionado sobre as acusações de Marcio, Patrus não defendeu Pimentel, apenas retrucou. “Recursos do governo federal foram liberados para a construção de seis UPAs. A primeira parcela foi liberada em 2009. Fica claro o descompromisso do nosso adversário com as questões da saúde em nossa capital”.

O programa eleitoral petista, na última segunda-feira (24), mostrou Pimentel conversando com Patrus, enumerando realizações dos dois e do ex-prefeito Célio de Castro. Em seguida, foi mostrado um “branco” na gestão de Marcio.

“Até 30 de junho, Pimentel estava dizendo que eu era o melhor prefeito do Brasil. O Patrus queria ser vice da minha chapa. Você não se candidata a ser vice na chapa de alguém que você acha que a saúde está um caos”, alfinetou Marcio.

O petista não deixou por menos. “Eu, como muitos companheiros de PT, não apoiamos a candidatura dele em 2008 e não participamos do governo. Há mais de um ano o PT vem discutindo a possibilidade de ter candidatura própria.

O PT decidiu manter o apoio ao PSB por causa da aliança nacional e apresentamos ao nosso adversário algumas propostas”, disse Patrus.

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