A Justiça Eleitoral impugnou a candidatura do prefeito, vice-prefeito e presidente da Câmara Muncipal de Douradoquara, na região do Alto Paranaíba. Clésio Gomes Mendonça (DEM), Guaracy Gomes (PMDB) e Izauro Felisberto Júnior (PRB) foram detidos em flagrante no início do mês por crimes de corrupção eleitoral no município. Além disso, os partidos de cada um dos canditados tiverem o pedido de coligação, protocolado nesta quinta-feira (26), indeferido pela Justiça. De acordo com informações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que entrou com o pedido de impugnação contra os políticos, os partidos não possuem ata de convenção da coligaçação. Segundo o promotor eleitoral Marcus Vinícius Ribeiro Cunha, a legislação prevê que as convenções partidárias sejam concluídas dentro de um determinado prazo, que este ano terminou em 30 de junho. Além disso, os acordos devem ser lavrados em ata no livro do partido. Porém, os partidos entregaram ao Ministério Público os documentos em branco e sem a assinatura de quem estava presente. "Ora, é evidente que o partido ou coligação que não registra formalmente as deliberações tomadas pelos convencionados, na própria ocasião e respeitando-se a data limite prevista na lei, é injustificadamente beneficiado em relação aos demais que cumpriram a legislação e confeccionaram a ata no livro próprio, numerado e assinado pelo juiz eleitoral, uma vez que isso permite lançar candidaturas e firmar alianças, sabendo-se quem serão os adversários e quais serão seus projetos de governo. Trata-se de má-fé que beneficia uns em detrimento de outros, injustificadamente", explica Cunha. O promotor destacou ainda que a irregularidade cometida pelos candidatos possui como pano de fundo um histórico de compra de votos e de apoio político no município. "Trata-se do 'mensalinho' de Douradoquara, que será severamente responsabilizado", afirma.