Brasil erra muito, perde para a Argentina e mantém estigma da semi

Gazeta Press
08/08/2012 às 18:03.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:18
 (AFP PHOTO /TIMOTHY A. CLARY)

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O basquete brasileiro está fora dos Jogos Olímpicos de Londres-2012. Após a campanha vergonhosa da equipe feminina, eliminada na primeira fase com apenas uma vitória, foi a vez do time masculino, uma das esperanças de medalha do país, darem adeus ao torneio olímpico. Os comandados de Rubén Magnano não souberam manter o bom desempenho do primeiro quarto, erraram muito no decorrer da partida e foram derrotados pela rival Argentina por 82 a 77. Com a queda nas quartas, o Brasil segue sem encerrar uma participação entre os quatro primeiros colocados do torneio olímpico desde os Jogos de Cidade do México, em 1968, quando foi derrotada por 70 a 63 pela União Soviética na disputa pelo bronze e foi o quarto colocado.   O primeiro quarto foi o mais equilibrado do jogo. Disputada ponto a ponto em grande parte de seus dez minutos, a parcial contou com o Brasil cinco tentos à frente em duas oportunidades, a segunda delas a 03:50 do fim. Dois erros em lances livres de Nenê e duas belas conversões de três de Delfino, porém, colocaram a Argentina um ponto à frente, com o placar marcando 19 a 18. Marcelinho Huertas, melhor jogador brasileiro em quadra, até então, respondeu com outros dois arremessos de três certeiros – foram nove pontos marcados pelo armador neste fundamento – para fechar o primeiro quarto em 26 a 23.   Sem contar com a mesma inspiração de Huertas e errando muito na defesa, a Seleção viu a Argentina empatar a partida logo no início do segundo quarto. Melhor no jogo, os hermanos precisaram de pouco tempo para abrir cinco pontos de frente no placar.   Tranquilos, os argentinos mantiveram a vantagem até o final do quarto, contando com quatro erros brasileiros em lances livres – dois com Splitter e dois com Leandrinho, a 10 segundos do fim – e a ampliando para seis pontos com Delfino, no mesmo fundamento, indo para o intervalo de partida com 46 a 40 a favor.   Se o grande problema brasileiro no segundo quarto foi a marcação, o ataque também passou a errar muito na terceira parcial. Sem conseguir a aproximação no placar no início do segundo tempo, a Seleção passou a se precipitar cada vez mais nos arremessos e a desperdiçar muitos lances livres a cada ponto da Argentina, que chegou a abrir 15 pontos de vantagem a 2:30 minutos do fim, quando o placar marcava 61 a 46.   O Brasil, porém, esboçou uma reação no final do quarto. Com apenas seis pontos marcados até então, a Seleção chegou a estar a oito pontos dos rivais, quando Leandrinho acertou o único arremesso de três e converteu dois lances livres seguidos pela primeira vez na parcial. Dois pontos de Gutierrez, também em lances livres, colocaram a Argentina dez pontos à frente ao final do quarto, encerrado em 64 a 54.   A diminuição da desvantagem no placar animou os comandados de Rubén Magnano. Partindo para o tudo ou nada, os brasileiros foram diminuindo o domínio argentino aos poucos, comandados por Marcelinho Huertas, melhor jogador da Seleção na partida.   Após estar a apenas três pontos dos hermanos, ao chegar a 74 a 71 em bela jogada de Leandrinho, que deixou um argentino no chão antes de marcar três pontos, a Seleção voltou a ter apagão durante a partida e permitiu nova abertura no placar dos argentinos. Com sete lances livres seguidos, o grande diferencial da partida – o Brasil acertou apenas 12 de suas 24 chances, contra 19 de 28 dos arquirrivais – a Argentina ainda viu Leandrino converter duas cestas de três para diminuir o placar para, em vão, diminuir o placar para 82 a 77.   Este foi o segundo embate entre Brasil e Argentina na história dos Jogos Olímpicos. O outro confronto aconteceu na primeira fase dos Jogos de Helsinque-1952, na Finlândia, quando os brasileiros também saíram derrotados de quadra, por 72 a 56.   Finalista nas duas últimas edições dos Jogos, a Argentina disputa a sua terceira semifinal olímpica seguida. Seu adversário sai do confronto entre Estados Unidos e Austrália, programado para as 18h15 (de Brasília) desta quarta.

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