Emanuel lamenta primeiro set e Alison vê falta de humildade de juiz

Gazeta Press
09/08/2012 às 22:09.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:20

Em um jogo marcado pelo equilíbrio, decidido apenas no tie-break, os alemães Brink e Reckermann ganharam a medalha de ouro no vôlei de praia nesta quinta-feira (9). Derrotado pelos europeus, Emanuel lamentou o vacilo no primeiro set e viu o parceiro Alison criticar o árbitro por se recusar a verificar o último ponto do duelo.

“Se tivéssemos vencido o primeiro set, a história seria totalmente diferente, teríamos colocado pressão nos alemães. Eles, quando ganharam, ficaram mais à vontade no jogo. No vôlei de praia atual, o primeiro set é decisivo. Nos recuperamos no segundo set, mas no tie-break a estrutura de jogo do primeiro set voltou”, disse Emanuel.

A decisão do ouro terminou de maneira polêmica, já que os brasileiros contestaram a marcação da arbitragem no último ponto (16/14). Eles apelaram ao juiz e chegaram a atravessar para o outro lado da quadra para apontar a suposta bola dentro – Alison pediu para o cinegrafista mostrar o trecho da quadra em questão.

“A gente não vai julgar. Ele é humano, como todos nós. Mas nós temos o direito de pedir e eu só gostaria que ele tivesse sido humilde para descer quando nós pedimos. Uma final olímpica terminar assim? Mas não vamos chorar pelo ponto. Ele foi muito convicto e não quis descer”, lamentou Alison.

Após perderem o segundo set de maneira categórica, os alemães reagiram no tie-break e passaram a comandar o placar. Com autoridade, Brink e Reckermann chegaram a abrir 14 a 11, mas os brasileiros, após palavras de incentivo de Emanuel, salvaram os match-points até o empate, feito valorizado pela parceria.

“Quando estava 14 a 11, mostramos mais uma vez que a gente não desiste nunca, realmente somos brasileiros. Foi uma pena acabar daquele jeito. Eu queria muito ter dado essa medalha de ouro ao Emanuel. Mas estamos saindo muito orgulhosos, porque perdemos como guerreiros e nunca desistimos”, declarou Alison.

Com a derrota, Emanuel perdeu a chance rara de se tornar o sétimo bicampeão olímpico da história do Brasil, feito logrado apenas por Adhemar Ferreira da Silva (salto triplo), Maurício (vôlei), Giovane (vôlei), Torben Grael (vela), Marcelo Ferreira (vela) e Robert Scheidt (vela). Ainda assim, se disse satisfeito.

“Essa prata tem um sabor muito gostoso. É um vice olímpico com tom de campeão. Estou super satisfeito por levar mais uma medalha para a casa. As medalhas olímpicas significam muita coisa, são quatro anos de trabalho. Então, estou contente pela forma com que jogamos”, disse Emanuel, ouro em Atenas-2004 e prata em Pequim-2008.

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