Você tem um automóvel flex e sempre abasteceu com gasolina, mas um dia parou no posto e percebeu ser mais vantajoso - em termos financeiros – encher o tanque com etanol. Para descobrir na manhã seguinte (e fria) que o motor custou a funcionar e ainda ficou rateou alguns minutos até funcionar normalmente. A pergunta: será que nas manhãs mais frias terei sempre este problema que nunca tive quando abastecia com gasolina?   Não necessariamente. O que pode ter acontecido é de a gasolina do seu tanquinho de partida a frio ter ficado muito velha porque o tanque principal do carro foi abastecido com gasolina durante muitos meses. Então não era necessário o sistema de partida a frio funcionar para ligar o motor, pois ele só entra em ação se o tanque principal estiver abastecido com etanol e, mesmo assim, só nas manhãs mais frias.   Outra probabilidade é de o sistema eletrônico de injeção não ter reconhecido o etanol no tanque. Como assim? Se você abastecia sempre com gasolina, mas parou no posto próximo de sua casa, a noite, encheu o tanque com etanol e parou o carro na garagem logo depois, na manhã seguinte a injeção eletrônica ainda não tinha sido informada do etanol no tanque e por isto não acionou o sistema de partida a frio. Para que isto aconteça, depois que você muda de gasolina para álcool é necessário rodar alguns quilômetros até que o sensor (sonda lambda) lá no escapamento perceba esta virada do combustível e mande esta informação para o sistema de injeção eletrônica do motor.   Outro problema que pode aborrecer o dono do carro flex é o motor deixar de funcionar corretamente depois da troca do etanol por gasolina ou vice-versa. Há quem diga que o carro “se acostuma” com um combustível e não aceita bem o outro. Conversa para boi dormir: a tal sonda lambda no escapamento sabe exatamente qual combustível está no tanque e a injeção eletrônica ajusta o motor. Se isto não ocorrer, é sinal de problema, ou no sensor ou no sistema de injeção.

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