(Porsche)
Não é preciso milhares de unidades para tornar um automóvel um mito. Ferrari, Bugatti, McLaren e até a Ford, que inventou a linha de montagem, sabe disso – seu Ford GT teve 4.038 unidades fabricadas, muito para um supercarro, mas uma ninharia para quem vendeu 750 mil picapes F-150 no ano passado. Com o Porsche 918 Spyder não foi diferente e, após 21 meses, o superesportivo híbrido chega ao fim da linha com exatas 918 unidades fabricadas.
Nos quase 70 anos da Porsche, o 918 Spyder foi o quarto supercarro desenvolvido para uso urbano. Antes dele existiu o Carrera GT, que teve 1.270 carros construídos entre 2004 e 2007. Já o 911 GT1, de 1997, teve apenas 25 unidades de rua feitos para atender à exigência da FIA à época, pois se tratava de um carro de competição na categoria GT1. Por fim, o 959, versão endiabrada do 911 (930) desenvolvida em 1986 para competições de rali do famigerado Grupo 2, e teve 377 unidades fabricadas.
Uma das peculiaridades do Spyder é sua motorização híbrida, que combina um motor biturbo V8 4.6 de 608 cv a duas unidades elétricas montadas em cada um dos eixos, que juntos desenvolvem 887 cv e transmissão automática de dupla embreagem de sete marchas. O conceito de motorização foi empregado no 919 Hybrid, protótipo que venceu as 24 Horas de Le Mans deste ano, além do 911 GT3 R Hybrid.
Com distribuição de força para as quatro rodas, é possível gerenciar os modos de condução no volante. No modo mais econômico, o consumo pode chegar a 30 km/l. Nada mau para um carro que acelera até 340 km/h.
Sob a carroceria traseiro um biturbo V8 4.6 de 608 cv a dois motores elétricos, que juntos geram 887 cv