Pesando o dobro de motos grandes, a Thunderbird Commander tem a maior parte de seus 340 quilos sob os joelhos do piloto, que também fica em uma posição bastante baixa, resultando em muita estabilidade. Parece se equilibrar sozinha! A impressão é que se você pular, ela continua sozinha, enquanto a estrada for reta. Nas curvas se inclina com suavidade e, no final, basta endireitar o corpo para ela se levantar. Uma delícia, dá vontade de ficar em ziguezague só por diversão. Em baixas rotações, os dois enormes pistões proporcionam sinfonia para os amantes das “Cruizer”, com som ritmado que quase permite contar as voltas do motor.
Largadão Gigante
A posição de pilotagem, com os pés para frente, braços esticados e a coluna ligeiramente inclinada para trás, em estilo bem “largadão” como na maioria das “cruizers”, é agradável e passa sensação de relaxamento e descontração. O enorme assento do piloto, macio como o do garupa, garante bastante conforto.
Apesar do peso descomunal e do avantajado comprimento de 2,44 metros, o assento relativamente baixo, com 70 centímetros de altura, permite manobrá-la com os pés. Mas, a menos que o piloto tenha super poderes, se incliná-la muito quando parada, ela cai.... Coração Frente dura e ABS bruto
O motor, com dois cilindros em linha de 1.700 cm3 de cilindrada, tem pistões enormes (do tamanho de um pires), e vocação para baixas rotações. Nas retomadas, o generoso torque de 15,4 quilos dispensa reduções. Você faz a viagem inteira em sexta, incluindo subidas e ultrapassagens, e ela nem reclama. A potência de 94 cv permite levá-la aos 180 km/h. Já a suspensão é suave na traseira e bem dura na dianteira. Não há ajustes para adequar a atuação dos sistemas ao gosto do piloto. O freio, com gerenciamento eletrônico, tem dois discos na frente e um na traseira. Quando exigido, o ABS faz manete e pedal vibrarem forte. Mudanças com o calcanhar Com seis marchas bem escalonadas, a transmissão tem engates firmes e precisos. O pedal de marchas com apoio para o calcanhar auxilia as mudanças e evita danos ao calçado. A transmissão por correia torna a motocicleta mais silenciosa, dispensa lubrificação e não suja a barra da calça do garupa. Minimalista, o velocímetro instalado no tanque tem visualização prejudicada por ser fora da linha de visão do piloto.