Quant F: O super sedã de 1.090 cv movido a célula a combustível

Marcelo Ramos - Hoje em Dia
14/02/2015 às 08:38.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:01
 (Nanoflowcell/Divulgação)

(Nanoflowcell/Divulgação)

O Bugatti Veyron é um dos automóveis mais superlativos já produzidos. Caríssimo e com menos de 500 unidades produzidas, tem um gigantesco motor quadri-turbo W16 de 1.001 cv. Quando está acima dos 400 km/h, seu consumo é de cinco litros por quilômetro. Para a alemã Nano Flowcell, o Veyron é uma bomba de sujeira e o futuro do automóvel é o Quant.

Trata-se de um sedã com desenho futurista, portas do tipo “asa de gaivota” e com quatro motores elétricos, que combinados geram de 1.090 cv, ou 810 kW, movidos por célula a combustível, capaz de superar a barreira dos 300 km/h. Só para se ter uma noção do que significa isso, um Tesla S, na configuração mais sofisticada, equipado com dois motores elétricos, tem potência combinada de 690 cv e atinge a máxima de 248 km/h.

Fundada em 2013, a Nano Flowcell tem trabalhado numa tecnologia que utiliza fluido iônico no lugar de hidrogênio para promover a reação química que produz eletricidade. A tecnologia acaba de ser aprovada pelo órgão de inspeção alemão TÜV. Segundo o fabricante, a autonomia do Quant pode chegar a 800 quilômetros.

O Quant F é o segundo protótipo da marca, que no ano passado apresentou o Quant E. Visualmente, trata-se basicamente do mesmo automóvel, mas o fabricante garante que o carro traz inovações como o sistema Buffer, que eleva a corrente de 50 ampères a 2 mil ampères temporariamente, para atingir o pico de desempenho.

Tração sob demanda

Com quatro motores operando em cada roda, Quant F é capaz demandar torque para todas as rodas ou apenas para as traseiras. Em velocidades elevadas, o sistema desabilita os motores dianteiros das rodas para economizar eletricidade e tracionar apenas o eixo traseiro, com distribuição feita por transmissão automática de duas velocidades.

Apesar de ter condições de homologação para comercialização, a produção em série ainda não tem data definida, devido ao elevadíssimo custo da tecnologia.
 

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