Roadster alemã acelera como um foguete e tem ciclística de moto de corrida

Sérgio Melo - Especial para Auto Papo
17/01/2015 às 11:40.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:41
 (GUILHERME SAFAR FERREIRA/DIVULGAÇÃO)

(GUILHERME SAFAR FERREIRA/DIVULGAÇÃO)

Vou logo avisando, “você não precisa de uma moto como essa”! Mas calma, não estou dizendo para não ter uma, só quero frisar que, na verdade, a razão para querer uma “fera” dessa na garagem acaba sendo a vontade de sentir o sangue circulado, de domar o “monstro”, ver o horizonte chegar quase instantaneamente, ou parar de “babar” de vontade. Ela atinge fácil o dobro da velocidade permitida e acelera de forma incrivelmente rápida. Muitas vezes o maior perigo é esse, os outros não imaginam que alguém poderia chegar tão depressa e acabam entrando na frente. Conforme disse um amigo, motocicletas como essa são a forma mais econômica de ter o desempenho dos super carrões. Na arrancada ela “dá pau” na maioria das Ferraris e Porsches, mas cuidado se aparecer algum Bugatti ou Koenigsegg, você pode acabar envergonhado...   Estilo Motorzão, linhas agressivas e visual limpo de uma “naked”, com quadro aparente e maior parte da mecânica exposta. A “Roadster” BMW S 1.000 R nasceu para as estradas rápidas. Na dianteira os tradicionais faróis assimétricos da marca, na traseira, em estilo “Batmóvel”, lanterna que sugere chamas abertas.     ABS Suave Realmente a S 1.000 R brilha nesses dois quesitos. A suspensão tem gerenciamento eletrônico e pode ser ajustada ao gosto do freguês com simples toques em um botão no punho esquerdo, resultando em conforto e muita estabilidade. Com dois discos na dianteira em uma na traseira, o desempenho do freio é muito bom. Elogios para o suave ABS que não pulsa o pedal quando entra em atuação, sem perder eficiência. Transmissão por corrente e relações bem escalonadas. Os engates são precisos, mas o acionamento do pedal de marchas é duro.   Na mão Ciclística excepcional, “na mão” o tempo todo. Te acompanha obedientemente nas curvas e, com defletor dianteiro pequeno, passa a sensação de ser muito menor do que é. O assento do piloto não é alto, manter o equilíbrio parado ou movimentá-la impulsionando com os pés é fácil. Cuidado nas manobras em baixa velocidade, o raio de giro é grande e retornar em uma rua estreita pode demandar uma manobrinha.   Coração 160 cavalos, torque de 11,4 quilos garantem diversão sem limites. Ela chega aos 100 km/h em apenas 3,1 segundos e tem máxima relatada de 265 km/h. Elogios especiais para a força em baixas rotações, enquanto outras embolam, pode acelerar sem reduzir que ela aceita. O sistema de perfis de utilização proporciona três motos em uma só. Na posição “Rain” o motor fica mais “manso” e o ABS adequado para piso molhado, na “Road” ela fica esperta para a estrada e na “Pro”, que reduz o auxilio eletrônico ao mínimo, esteja pronto para domar a fera “na unha”.   No bolso Muito completa e tecnologicamente avançada, por R$ 66.998,00, ela é a mais cara entre as concorrentes como CB 1.000R, MV Agusta Brutale 1.090, Triumph Speed Triple e Kawasaki Z 1.000, que custam em torno de R$ 47 mil. Movida exclusivamente à gasolina, o consumo médio é de 14 km/l.   Lombalgia Nela você não fica tão curvado como em uma super esportiva, mas ainda assim, como não poderia deixar de ser em uma esportiva, a posição é bastante inclinada. Quem não estiver acostumado, programe paradas de hora em hora nas viagens ou ficará dolorido e com cãibras. Para o garupa, pedaleiras mais baixas que nas “Super esportivas” permitem maior conforto.

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