(Honda)
Na edição de 3 de janeiro, a capa do Auto Papo trazia o seguinte enunciado: “O mundo é do SUV”, que apontava as apostas dos fabricante no nicho dos jipinhos. Depois de seis meses, a previsão se confirmou e as marcas que apostaram no filão atenuaram o rombo causado pela queda de vendas, que já chega a 20,2% na comparação dos cinco primeiros meses do ano, enquanto as vendas de utilitários-esportivos registrou declínio de 9% comparado aos mesmo período de 2014.
Entre janeiro e maio do ano passado, 117.826 carros foram vendidos no país, contra 106.468 do mesmo período em 2015, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Apesar de a balança ser negativa, na prática significa dizer que está mais fácil vender SUVs que as demais categorias. A participação do segmento subiu de 10,6% para 12,2%.
Uma das razões é que o patamar de preços em que os utilitários-esportivos trabalham atinge um perfil de consumidor que ainda não sentiu o peso da recessão e tem fôlego para investir em modelos que partem dos R$ 70 mil.
Basta observar o desempenho do Honda HR-V. O caçula do CR-V chegou em março e já colou nos veteranos Ford EcoSport e Renault Duster, que lideram o segmento. O Hondinha tem vendido cerca de 5 mil unidades mensais, enquanto os líderes giram na casa dos 3 mil mensais.
Pelo menos para a Honda, o jipinho representa a tábua da salvação, pois já é o segundo modelo em volume, perdendo apenas para o Fit, que já comercializou 20,5 mil unidades este ano, enquanto Civic e City venderam 13.474 e 13.116, respectivamente.
Apesar da balança ser negativa, na prática significa dizer que está mais fácil vender SUVs do que os demais