Campolina, nacional, liquidez e evolução

Marco Livrão - Hoje em Dia
12/08/2015 às 08:12.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:19

A raça campolina vem se transformando nos últimos anos, graças a um trabalho conjunto realizado pela diretoria da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina (ABCC) e pelos criadores. A raça teve origem em Entre Rios de Minas, no início do século passado, com o marco do acasalamento de um reprodutor ibérico com uma égua nacional de nome Medéia, que resultou no nascimento do potro Monarca, em homenagem ao imperador que doou a citada cobertura.

A raça tem penetrado em mercados importantes para a equinocultura nacional, tendo em seu ponto alto o encontro do porte nobre e da beleza com o andamento marchado de qualidade. Esses atrativos vêm chamando a atenção de apreciadores do bom cavalo, principalmente daqueles que procuram um cavalo de sela cômodo e belo. Outro ponto de interesse para a raça campolina vem dos acasalamentos com os jumentos da raça pêga, onde são gerados muares de qualidade de sela, com porte e pelagens variadas, sendo esses considerados os melhores.

Atualmente, a ABCC, com sede no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte, conta com mais de 2 mil associados, que estão espalhados, além da base de Minas Gerais, pelos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Distrito Federal, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Maranhão, Espirito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e do Norte e Paraná.

O maior apelo da raça ainda é a nobreza de um cavalo com 1,60 cm de cernelha, aliado ao andamento com comodidade espetacular, seja de marcha picada ou marcha batida, além da grande variedade de pelagens que se estende do tradicional baio e suas variações, seja tordilha, castanha, alazã, pampa, à cobiçada pelagem lobuna.

Os leilões acontecem em todos os recantos da federação, e sempre com uma liquidez extraordinária, atingindo quase a espetacular marca de 99% de vendas, com preços médios na casa dos R$ 20 mil, e com valores alcançando R$ 500 mil em exemplares espetaculares.

A atual gestão de Luiz Roberto Pinto vem resgatando as tradições das cavalgadas e dos poeirões - campeonatos de marcha em feirões e exposições menores -, inclusive com premiações específicas para a raça campolina. Outro ponto positivo da gestão foi, na última Exposição Nacional, em que foram ofertados, aos Grandes Campeões e outros, 13 carros e várias motos, além de prêmios variados, num evento que deixou todos privilegiados de fazerem parte da raça.

A associação prepara, para o mês de outubro, uma Nacional diferente, porque este ano será realizada na pitoresca cidade de Barbacena, considerada um dos berços da raça. Estão sendo esperados mais de 700 exemplares para uma programação vasta de julgamentos, premiações, festividades e eventos comerciais. Serão realizados dois grandes leilões: no dia 16 de outubro, pelo Núcleo dos Criadores de São Paulo, e no dia 17 de outubro, o tradicional Leilão Raça, que contará com criadores de Minas, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Pernambuco. Certamente será mais uma semana Nacional de êxito para o cavalo e para a raça.

“O maior apelo da raça ainda é a nobreza de um cavalo com 1,60 cm de cernelha, aliado ao andamento com comodidade espetacular, de marcha picada ou batida”

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