Um quintal de 600 mil metros quadrados: local recebe práticas esportivas e culturais

Hoje em Dia
16/05/2015 às 11:36.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:03
 (Eugênio Moraes/ Hoje em Dia)

(Eugênio Moraes/ Hoje em Dia)

Em apenas duas décadas, o Buritis, na região Oeste da capital, alcançou o segundo lugar entre os bairros mais populosos de Belo Horizonte. Com mais de 30 mil habitantes, conforme a sua Associação de Moradores, tem diversos atributos que justificam a satisfação de cada morador e o desejo de quem planeja investir ou residir na região.

O bairro ainda guarda em sua extensão outra posição de destaque com o Parque Aggeo Pio Sobrinho, o segundo maior da capital, com uma área verde de aproximadamente 600 mil metros quadrados. “É o cartão-postal do Buritis”, define a presidente da associação, Maria Consuelo Arreguy. Segundo ela, o bairro só fica atrás do Sagrada Família em número de habitantes, e o parque local só perde para o Mangabeiras, na Serra do Curral.

Ao redor do parque, edifícios residenciais, centros comerciais, escolas, faculdades e dois shoppings, entre outros estabelecimentos, compõem a paisagem, arborizada e movimentada pelo grande fluxo de veículos.

“Morar no Buritis foi uma escolha acertada. Achei que não ia me adaptar por causa do trânsito, mas é um bairro que tem tudo. Não penso em sair daqui, apesar de o meu marido sonhar com um condomínio fechado”, conta a fonoaudióloga Daniela Morais, que vive há cinco anos no bairro e aproveita a estrutura convidativa do Parque Aggeo Pinto para passear com os filhos, assim como a babá Cristiane Silva, que mora no bairro Palmeiras e trabalha no Buritis. “Venho ao parque diariamente brincar com as crianças. É uma terapia até para nós, adultos”, comenta.

Propício ao descanso e ao lazer, o parque é também palco de diversas atividades com foco no bem estar, como caminhadas, yoga, recreação, cultura e esportes, como futebol. São feitas no local também oficinas de educação ambiental.

Grande parte da programação é organizada pelo projeto Bom na Bola, Bom na Vida, em parceria com a associação. “Comecei o projeto formando um time para o meu filho, o que acabou se estendendo a toda a comunidade”, diz um dos diretores da associação e idealizador do projeto, Carlos Antônio Vasconcelos, que mora no Buritis há 19 anos.

A iniciativa de Carlos Antônio Vasconcelos, de formar um time para o filho, contagiou a comunidade. Foto: Eugênio Moraes/ Hoje em Dia

“O parque é uma área de grande importância, levando em conta que não temos aqui casas com quintais. O espaço compensa as áreas fechadas dos prédios”, avalia ele, ressaltando que o projeto conta com parceria da prefeitura e da Fundação de Parques.

Em um cenário urbano, com grande concentração de pessoas, é impossível não haver, em meio aos benefícios, alguns transtornos, como aponta Maria Consuelo, moradora do bairro há 20 anos. “Naquela época, aqui não tinha nada. A expansão foi muito rápida e junto com as melhorias vieram alguns problemas”, afirma.

De acordo com ela, as principais reclamações dos moradores são referentes ao trânsito. “Nos horários de entrada e saída das faculdades fica tudo congestionado”, diz. O aumento da violência e a pichação dos patrimônios são outros motivos de preocupação. O bairro também não tem posto de saúde nem escola pública. “Os únicos equipamentos públicos que temos são o parque e a praça Haroldo Tenuta”, aponta.

Moradora do bairro há duas décadas, Maria Consuelo viu o Buritis se desenvolver e aponta o trânsito, principalmente nos horários de entrada e saída das faculdades, como um grande problema da região. Foto: Eugênio Moraes/ Hoje em Dia

Bairro surgiu onde estava localizada uma grande fazenda

A história do Buritis remonta à década de 60, quando a região era ocupada por uma fazenda de propriedade de Aggeo Pio Sobrinho, proprietário de terras da região, que deu nome ao parque. A área agregava, ainda, os bairros Estrela D´Alva e Palmeiras, e foi dividida uma década depois, tendo sido iniciada a comercialização dos terrenos.

Um grande empreendimento, lançado nos anos 80, deu origem à avenida Mário Werneck e às principais ruas do bairro, ligando a região à avenida Raja Gabaglia. Com o crescimento vertiginoso, o Buritis se transformou em um bairro disputado e valorizado, pela localização privilegiada e infraestrutura completa. “A gente não precisa sair daqui para nada”, enfatiza Maria Consuelo.

Já o parque Aggeo Pio Sobrinho foi implantado em 1996, originado do parcelamento do solo que criou o bairro. A preservação da área garante, além de mais qualidade de vida e bem estar aos moradores, a proteção de várias espécies de Mata Atlântica e do Cerrado, como embaúba, pau-d’óleo, cedro, sangra d’água, ingá e jatobás, entre outras.

Animais como serpentes, quatis, tatus, gambás, preás, cuícas, micos, esquilos, siriemas e outros compõem a fauna do parque que, entre os equipamentos de lazer conta com brinquedos, quadra de esportes, pista de caminhada, trilha ecológica e espaços de convivência.

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