'Ópera do Malandro' e 'Gonzagão' chegam a BH

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
15/05/2015 às 07:53.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:02
 (Divulgação)

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Uma espiadela na agenda e a constatação: requer fôlego! O diretor João Falcão e sua trupe – que abarca nomes familiares a quem acompanha a cena musical carioca, como Alfredo Del Penho – desembarcam na cidade para um tour de force digno de tirar o chapéu: apresentar dois espetáculos em três dias. Sim, espetáculos, na acepção do termo: “Ópera do Malandro” e “Gonzagão – A Lenda”.

O primeiro, baseado na obra de Chico Buarque, de 1978, tem apresentações nesta sexta-feira (15) e neste sábado (16). Já “Gonzagão”, neste sábado e domingo. Em cartaz desde 2012, “Gonzagão” contabiliza mais de 100 mil espectadores, sendo vencedor de prêmios importantes, como o Shell. “Ópera do Malandro” entrou em cartaz ano passado, e já foi indicado ao Shell e ao APTR.

“Duas coisas me motivam especialmente nessa empreitada: a companhia que se formou a partir de (a montagem de) ‘Gonzagão’ e a obra de Chico Buarque. É, sem dúvida, o artista que mais me influenciou”, diz Falcão, ao Hoje em Dia.

Detalhe: nesta revisão da já clássica montagem – também transposta para o cinema, com Edson Celulari – apenas uma mulher, Larissa Luz, compõe o elenco. Os papéis femininos, pois, são interpretados por homens. “E é impossível não se apaixonar por aquelas mulheres enormes e abusadas”, garante Falcão. Max Overseas, papel que foi vivido por Celulari na telona, agora, é encarnado pelo mineiro Moyseis Marques.

Surpresas

No caso de “Gonzagão”, oito atores – e, mais uma vez, Larissa – se revezam em uma viagem musical pela trajetória do Rei do Baião. Entre as surpresas, Marcelo Mimoso, dublê de taxista e cantor de forró, descoberto pelo diretor. “Uma noite, passeava com amigos pela Lapa e, antes de ir para casa, entramos num bar, para a saideira. No terceiro andar estava tocando uma banda de forró e o vocalista me impressionou. Pensei na hora: ‘Acho que encontrei o Gonzagão da peça’. Chamei-o para um teste e vi que estava certo”, exalta Falcão, para quem Luiz Gonzaga inventou a festa do seu povo.

“Mesmo quando fala das dificuldades do sertão, da seca, das dores de amor; sua música tem um balanço que dá vontade de se mexer, de festejar”.

“Ópera do Malandro“ – Nesta sexta-feira (15) e neste sábado, às 21h, domingo, às 20h. “Gonzagão” – Neste sábado, às 17h, domingo, às 16h. Ambos no Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1046, Centro). Informações: 3214-5350 e sescpalladium.com.br

 

GONZAGÃO – Dentre as cerca de 40 canções que estão no espetáculo, sucessos como “Cintura Fina” e “Asa Branca” (Foto: Divulgação)
 

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