17º Festival Mundial de Circo começa nesta quarta-feira e vai até domingo, em BH

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
20/06/2017 às 21:53.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:10
 (AUGUSTIN SOLER/Divulgação)

(AUGUSTIN SOLER/Divulgação)

Em quase duas décadas de história, o Festival Mundial de Circo deu piruetas, fez malabarismos, domou dezenas de leões e andou na corda bamba. Foi da Caravana Rolidei, um pequeno circo ambulante visto no filme “Bye Bye Brazil” à exuberância de um Cirque du Soleil. Tantos movimentos que nesta quarta-feira (21), quando será aberta a programação da 17ª edição, a coordenadora Fernanda Vidigal comemora a maturidade do festival.

“A gente sabe para que ele veio. Temos uma clareza do que ele serve e de que é importante não só para a cidade como para o Brasil. O campo pode estar muito instável, nunca sei se conseguirei fazer a próxima edição, mas essa instabilidade é até boa – quer dizer, não precisava ser tanto, com essa condição que o Brasil nos faz passar. Mas é bom porque nos leva a refletir e mudar”, analisa Fernanda, que define a edição atual como “resistência”.

Formação
Ela destaca que a programação pode estar mais enxuta, mas reflete o que o circo vive hoje, lembrando-se da mudança da Spasso – Escola Popular de Circo para Tiradentes, no ano passado. “É uma perda muito ruim para a cidade, para o artista. Por isso, nesse ano, resolvemos investir na formação circense, com uma residência artística, buscando minimizar algumas lacunas graves de formação”, salienta a coordenadora.

A coordenação da residência será do coreógrafo catalão Cisco Aznar. Do exterior, também virão para BH grupos de Uruguai, Argentina, Peru e Itália, que participarão da Mostra de Números Circenses, no sábado e domingo, no Galpão Cine Horto. A novidade é que esses números (sete) serão intercalados por apresentações musicais de Sylvia Klein, Marcelo Veronez, Marina Machado e Júlia Branco.

Irmãos
É a quinta vez que realizamos essa Mostra de Números Circenses e sempre deu muito certo. Muitas vezes um grupo não tem um espetáculo, mas sim um número muito bom. Reunidos no festival, eles integram um espetáculo inédito, de alta performance”, destaca Fernanda, que esse ano abriu mão dos debates e trouxe de volta o Cabaré Circense, que acontecerá na rua, no sábado, em frente ao Bar Zona Last, a partir das 19h. 

O principal espetáculo do festival é “Dois”, protagonizado e concebido por uma dupla mineira de irmãos, Luís e Pedro Sartori, que hoje trabalham na Finlândia. “Eles criaram um trabalho sobre a relação de irmãos, usando linguagens nas quais são especialistas, como o arco e flecha. É muito bom ter a oportunidade de vê-los em BH e perceber o quanto são bons, de como o circo fez para bem para eles”, assinala Fernanda.

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