A cor mais harmônica: espetáculo trabalha com metáfora para refletir sobre o individualismo

Da Redação
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15/09/2017 às 09:36.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:34
 (Danilo de Castro/Divulgação)

(Danilo de Castro/Divulgação)

A partir de uma metáfora envolvendo as cores, o espetáculo infantojuvenil “Quem Roubou o Branco do Mundo”, da Cia. Arte Teatro Aldeia, apresenta, a partir de amanhã no Teatro Marília, um cenário complexo com leveza, diversão e aprendizado. A narrativa propõe uma reflexão sobre o individualismo e revela que cada um de nós também é responsável pela harmonia das relações humanas.

A peça conta a história de Carlinhos e Duda, que estavam achando o mundo esquisito e feio sem a presença da cor branca. Eles entram numa fábrica de tintas para procurá-la, e encontram um ambiente de muita competição entre as cores. Ninguém sabe do branco e nem se interessa por ele.
Depois de muitas reviravoltas para descobrir o mistério, Carlinhos percebe que o branco é a mistura da luz que as cores têm, a união de todas elas. Como as cores estavam muito egoístas e vaidosas, o branco desapareceu. Ele só aparece onde há união, respeito, alegria e paz. Quando as cores descobrem isso, a harmonia volta a reinar entre elas.

“É um espetáculo extremamente divertido, movimentado, muito dinâmico, com muitas cores, um texto muito inteligente, de fácil compreensão. De forma metafórica, duas crianças estão à procura do branco, e as cores estão se desentendendo, com vaidade, conflito, por isso o branco não aparece. Essas crianças vão conseguir ajudar essas cores a possibilitar o retorno do branco, da harmonia”, explica Paulo Lobo, diretor do espetáculo, que começou a carreira como ator e, desde a década de 1980, já dirigiu dezenas de espetáculos.

Ele ressalta que a peça é de fácil compreensão, mas com uma mensagem muito moderna e urgente, uma vez que vivemos numa sociedade individualista. “O espetáculo é livre, porque cada idade compreende dependendo da maturidade que tem. Crianças muito novinhas ficam encantadas pelo dinamismo e pela cor. Já as crianças de 7, 8 anos, ficam com a atenção presa, fazem uma leitura mais crítica”, afirma o diretor.

Escrito em 1982, o texto foi produzido e dirigido pela primeira vez pelo próprio autor, Luciano Luppi. Esta primeira versão do espetáculo contou com a atuação de Kalluh Araújo e Bete Coelho nos papéis principais, foi um sucesso de público e crítica, circulando por Minas Gerais por mais de um ano. A partir daí a peça foi montada em mais de 15 cidades brasileiras e em Portugal.
 Danilo de Castro/Divulgação GRUPO– Peça tem assinatura da Cia Arte Teatro Aldeia 

A companhia

A Companhia Arte Teatro Aldeia surgiu em 1983, constituída por atores oriundos do CEFAR, Curso de Artes Cênicas, Palácio das Artes, Fundação Clóvis Salgado, com a montagem da peça: “Uai, de cabo a rabo!”, um texto de Armando Brandão, com direção de Luciano Luppi.[/TEXTO] 
No início, a companhia se chamava Grupo Experimental Aconteceu. A partir de 1985, com a saída de alguns componentes e entrada de novos, passou a chamar-se Aldeia Comunicação & Arte.

Serviço
Espetáculo: Quem roubou o branco do mundo? De amanhã até 1° de outubro, aos sábados e domingos, às 16h30Local: Teatro Marília (Avenida Alfredo Balena, 586–Santa Efigênia).4838

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