Acompanhada por seu violão, Marina Lima desfila hits em show intimista em BH

Vanessa Perroni
vperroni@hojeemdia.com.br
21/09/2016 às 17:59.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:55
 (Divulgação)

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Corajosa, a cantora e compositora Marina Lima deixou a pegada eletrônica um pouco de lado e empunhou o vilão. Despida de qualquer alicerce, ela propõe um encontro “despojado e íntimo” no show “No Osso”, que a traz à capital mineira neste sábado. 

Pela primeira vez, em pouco mais de 30 anos de carreira, ela faz turnê acompanha apenas de seu violão e guitarra. No cenário, uma poltrona “como se estivesse na sala de casa”, comenta a cantora. Tudo isso para reapresentar ao público canções já conhecidas, mas desta vez na forma em que foram concebidas. “É cru. Não tem gordura. Não tem carne e nada para enfeitar. Por isso o nome ‘No Osso’”, elucida. 

No repertório o que não falta são sucessos, como “Fullgás”, “À Francesa” e “Uma Noite e Meia”. “Foi bacana retornar a essas canções. Escolhi músicas que foram compostas no violão e que ainda soam atuais. Não são datadas”, frisa a cantora, que teve dois grandes mestres na arte de tocar violão. “Mesmo que à distância, Baden Powell e Gilberto Gil foram grandes influências. Sempre acompanhei a carreira deles e ficava impressionada com tudo”, conta.

Nesse mergulho em sua carreira para pinçar canções para o show, Marina encontrou espaço para duas inéditas: “Partiu” e “Da Gávea”, um rock e um samba.

Exigente
A apresentação que ela faz em Belo Horizonte será um dos últimos dessa turnê. “É um ciclo que está terminando. Foi importante voltar às origens”, pontua Marina.

Ela diz que durante o show o público se surpreende com algumas simplicidades e histórias. “Tem horas que o público se pergunta ‘Não é possível que essa canção nasceu de uma brincadeira’. As coisas às vezes são mais simples do que imaginamos”, diz, em meio a uma gargalhada. 

No show tento levar meu lado mais intimista para o palco. A compositora na sala de casa

Se pretende repetir o formato? “Não digo nunca. Mas agora quero me desafiar em outros lados. Descobrir outras batidas. Esse é o barato da profissão”, responde. 

Exigente e antenada, ela acredita que sua dedicação atrai o púbico jovem, que não viveu seu auge nos anos 1980. “O que me mantém ligada ao público é que eu canto o que acredito que o público precisa ouvir. Dou o meu melhor. Sou muito exigente. Eles sabem que não blefo”.

Muito ligada em arranjos e bons acabamentos para as canções, Marina fica de ouvidos abertos para os novos talentos da música. “Tenho ouvido muito um cara chamado Jaloo. Foi uma surpresa para mim. E a banda Strobo, que é de Belém do Pará”, exemplifica. 

“Gosto de bom gosto. Mesmo que seja alguém começando tem que ter a alma musical. Só aposto naquilo que vai mudar minha vida de alguma forma”, acrescenta.

Serviço: Marina Lima – “No Osso”. Cine Theatro Brasil Vallourec (Praça 7 – av. Amazonas, 315, Centro). Sábado, às 21h30. Ingressos: de R$ 55 a R$ 160

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