Agatha Christie segue inspirando novas gerações de escritoras

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
11/01/2016 às 09:14.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:58
 (Luiz Costa)

(Luiz Costa)

Falou em mistério, um dos nomes que vêm de imediato à cabeça é o de Agatha Christie. Passadas quatro décadas de sua morte (a data exata é 12 de janeiro de 1976, quando a autora contabilizava 85 anos), a britânica (nascida em Torquay) continua insuperável na arte de conduzir o leitor por casos de assassinatos aparentemente sem solução. “Sempre gostei de ler, mas foi ela, Agatha Christie, que fez com que me tornasse uma leitora insaciável!”, assinala Paula Pimenta, uma das mineiras mais bem sucedidas da cena literária atual. Por sinal, o primeiro livro “grosso” que a autora de sucessos destinados ao público infantojuvenil leu, aos 13 anos de idade, foi justamente um da lavra da “Rainha do Crime”.

“Os Elefantes Não Esquecem”, lançado originalmente em 1972, foi um convite para “devorar” toda a bibliografia de Agatha. “Meus preferidos são os que têm o (detetive) Hercule Poirot. De vez em quando, até releio alguns”, registra a escritora.

INFLUÊNCIAS

Agatha não foi responsável apenas por alimentar o amor de Paula pela leitura. “Adoro deixar um suspense no final dos capítulos dos meus livros e acho que aprendi isso com ela. Brinco que, quando for mais velha, talvez mude um pouco o estilo e me aventure nos romances policiais”.

Quem já está seguindo o mesmo caminho é Fernanda Lima Barbosa, 17 anos. A estudante acabou de lançar “Heartbreak Hotel” e confessa que uma de suas influências é Mrs. Christie, apresentada pela avó. “Por ser mais nova na época, minha mãe não gostou muito”, registra. Hoje, ela tem uma prateleira inteira de livros de Agatha. Escolher um preferido não é fácil, mas Fernanda cita “Cartas na Mesa” (1936), “por ser diferente da ideia tradicional de casos de mistério, já que tudo acontece numa sala, sem precisar ir de um lugar a outro”.

A jovem autora observa que o estilo da inglesa a fez pensar sobre o efeito que a narrativa pode ter sobre os leitores. É o que a leva a reler os textos de Agatha com tanta constância. “Mesmo sabendo o que irá acontecer, sempre é uma surpresa”, analisa.Fernanda “tem fé” que um dia irá escrever um romance policial, mas quer esperar “crescer mais um pouquinho” para fazer jus à sua heroína literária. 

 

 

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