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A internet está aí, com suas mídias sociais – Facebook, WhatsApp, etc. Mas o rádio ainda tem o seu lugar, com forte poder de penetração em todas as camadas sociais. Basta usar a criatividade para alcançar os objetivos. É o caso do projeto Rádio Pedal, criado por alunos da Escola Integrada da Prefeitura de Belo Horizonte, e que será retomado nesta terça-feira (30) na Escola Municipal Hugo Pinheiro Soares, no bairro Concórdia (rua Jundiaí, 567). A meta é levar informação e prestar serviço à comunidade.
Os alunos – de 8 a 14 anos, alguns com déficit de atenção, autismo – desenvolvem os próprios textos e gravam, além de promover a veiculação junto aos moradores do Concórdia, através de uma bicicleta. É o que vai acontecer a partir desta terça, das 13h às 16h. As pessoas da região receberão dicas de economia popular (como evitar o desperdício de energia elétrica e água, informações sobre vagas de trabalho no bairro), passando por cuidados com o meio ambiente, através da coleta seletiva de lixo, até questões sobre saúde pública, como vacinação. A meta é envolver todos os 250 alunos.
A professora e coordenadora do projeto Escola Integrada, Daniela Terra, vai direto ao assunto: “O importante é extrapolar os muros da escola, quebrar a barreira”, enfatiza. Ela conta que a Rádio Pedal foi criada em 2012, mas, por falta de um monitor, foi desativada no ano passado. E agora retoma suas atividades com algo mais: um estúdio de gravação na própria escola. “A ideia é retomar amanhã (terça) as atividades a todo vapor”.
Na realidade, a ideia é simples, de fácil aplicação, econômica, mas ousada. Um monitor – estagiário da escola – anda de bicicleta – que é equipada com caixa de som e funciona com gerador a combustível – pelas ruas do bairro, transmitindo as notícias e dicas gravadas pelos alunos. Esse próprio monitor, caso de Marcelo Souza, faz o meio campo com os alunos, gravando e coletando suas notícias para divulgação.
Ele está animado com a nova fase do projeto. “Enxergo um bom momento com essa interação entre a comunidade e a escola. Não é bom que tenha distanciamento entre essas duas instâncias, porque acreditamos que seja importante a participação da comunidade na vida escolar”, explica.