Amor pelo Rei do Pop, morto há 8 anos, vira profissão

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
23/06/2017 às 21:06.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:14
 (Ricardo Walker / Divulgação)

(Ricardo Walker / Divulgação)

“Michael Jackson não foi apenas o maior artista de todos os tempos. Para mim, Michael Jackson é uma filosofia de vida”. A frase é do dançarino mineiro Ricardo Walker, um dos milhões de enstusiastas do Rei do Pop. Para Walker e muitos outros fãs, este domingo é um dia difícil: a data marca oito anos da morte de Michael Jackson, vítima de uma parada cardíaca, aos 50 anos, atribuída a uma overdose de fármacos administrados pelo médico Conrad Murray. 

Apesar da dor e da saudade, 25 de junho também é um momento para os admiradores lembrarem o legado do astro. “É até difícil falar do quanto Michael deixou para a cultura pop. Ele elevou a dança a outro nível, foi um dos primeiros artistas a cantar e dançar muito, ao mesmo tempo. Também revolucionou a forma de fazer videoclipes e abriu o mercado musical para os negros”, afirma Walker, fã do Rei desde a infância.

“Não consigo nem lembrar quando conheci Michael, porque foi muito criança. Meu irmão, o cineasta César Raphael, já era fanático. Então, cresci ouvindo e cantando as músicas”, diz.

A paixão pelo ídolo levou Walker a começar, em casa, de brincadeira, o que viria a ser trabalho anos depois. “Sempre dancei e imitei Michael. Quando ele morreu, em 2009, meu irmão teve a ideia de gravar um primeiro vídeo para ser mostrado publicamente. Colocamos o vídeo no You Tube e foi um sucesso. A partir dali, a coisa foi evoluindo”, conta o dançarino, cujo canal de vídeos hoje acumula mais de 28 milhões de visualizações e 171 mil inscritos. 

A história do cantor e dançarino Lenny Jay é parecida. O mineiro já cantava desde a infância, quando conheceu Michael Jackson. Mas o canto profissional e a vontade de homenagear o ídolo vieram em 2009. “Quando ele morreu, fiquei em estado de choque. Foi como perder alguém da minha família”, relembra. “Após assistir ao DVD ‘This is It’, senti a necessidade de levar a lembrança dele à frente, e a forma que encontrei de homenageá-lo foi fazendo esse trabalho de cover”, conta o artista, que se apresenta neste sábado, em Ipatinga.

Apesar da semelhança com o Rei, Lenny alerta: “nunca quis ser Michael, até porque isso é impossível”, afirma, defendendo que a lacuna deixada com a morte do ídolo dificilmente será preenchida. “Hoje, o mercado musical é muito imediatista. As músicas soam quadradas, sem sentimento. Já Michael fazia música com alma, com entrega. E isso é raro”.

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