Andrea Amendoeira homenageia a eterna "pimentinha" no palco do Granfinos

Hoje em Dia*
17/04/2015 às 08:04.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:40
 (Carlos Henrique)

(Carlos Henrique)

Os fãs não são mais os mesmos. Os da “velha guarda” dividem, agora, o prazer de ouvir as músicas interpretadas por ela com o público mais jovem que descobre, com encantamento, todas as faces da Pimentinha. Não por outro motivo, os organizadores do “Tributo a Elis Regina”, que acontece nessa sexta-feira (17), no Granfinos, esperam um público diversificado – e com muita vontade de cantar. E se depender do ânimo da anfitriã – a cantora Andrea Amendoeira – o samba só para quando a última pessoa sair do salão. Sim, o repertório do show está recheado de sambas e várias surpresas. “Por se tratar de um tributo, sei que as pessoas esperam ouvir as coisas mais conhecidas, mas cantaremos outras também”, diz a moça. Andrea é professora de canto e preparadora vocal. Know-how, pois, tem de sobra. “Adoro palco, é um lugar sagrado, onde posso expandir. Um lugar de coragem”, confessa.
E coragem não falta a essa mineira, que, junto a sua banda, montou o primeiro show em homenagem a Elis (“Samba da Pimenta”) quatro anos atrás. A estreia foi no Carnaval de Ouro Preto, mas a montagem percorreu boa parte do Estado.
Desafiada a elencar as razões que a instaram a fazer uma homenagem, Andrea até ensaia uma primeira resposta – mas volta atrás e, um pouco tímida, releva: “Na verdade, quando cantava na noite, as pessoas falavam que existia uma semelhança com a Elis, ao interpretar a canção. Não que eu ache isso, seria uma responsa, difícil de acreditar”.
Acreditando ou não, ela seguiu em frente com o projeto de criar um tributo. E descobriu que seu repertório abarcava nada menos que 58 músicas do de Elis. Mas veio a decisão de, inicialmente, se restringir aos sambas, “para fazer um show prazeroso para os músicos e para o público”. Na sequência, começou a procura por um título para o show. Chegaram a cogitar “Samba da Pimentinha”. “Mas achei que o diminutivo não cabia”, diz Andrea. Acabou ficando “Samba da Pimenta”. “Afinal, ela era ardida”.   ‘Não tento me espelhar na Elis, minha luta é justamente evitar isso’, diz a mineira
Diferentemente da homenageada, nada aparece de “ardido” em Andreia. Com voz calma e sem pressa, ela fala como descobriu o repertório e as nuances musicais da pimentinha. “Ela gravou Deus e o mundo. Quando comecei a pesquisar composições para o show, descobri que gostava dos mesmos compositores que ela! Fazer o quê?”, brinca.   Andreia pode não ser ardida, mas tempera, quando precisa. E é com esse tempero que disfarça o sabor amargo de comparações e a malícia dos não tão bem intencionados. “Não tento me espelhar na Elis. Minha luta é justamente evitar isso. Faço uma homenagem, e não ligo para quem diz o contrário. Fizeram isso com a filha dela, imagine o que não poderiam falar de mim”. Andreia também faz questão de pontuar: “Não, eu não canto só Elis Regina, canto também Elis"
A apresentação do show de logo mais à noite ficará a cargo de Tutti Maravilha, que conviveu com a cantora que será homenageada.     Serviço   Tributo a Elis – Granfinos (av. Brasil, 326, Santa Efigênia). Hoje, 21h. Ingresso: De R$ 15 a R$ 40. Informações: 3241-1482      *Colaborou Cássio Leonardo/ Especial para o Hoje em Dia   

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