Andy Summers se une a Rodrigo Santos e João Barone para tributo a The Police

Thais Oliveira
taoliveira@hojeemda.com.br
03/04/2017 às 17:42.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:59

O guitarrista inglês Andy Summers desembarca em Belo Horizonte nesta sexta-feira para uma noite de muito rock’n roll ao lado de Rodrigo Santos, baixista do Barão Vermelho, e João Barone, baterista do Paralamas do Sucesso. O trio, batizado “Call The Police”, se apresentará no Hangar 677 numa homenagem à lendária banda “The Police”, na qual Summers tocou de 1977 a 1986. O astro inglês perdeu as contas de quantas vezes veio ao Brasil – arrisca que sejam umas 30. Entre as boas lembranças, o show que The Police fez em 1982, no Rio de Janeiro. “Fiquei hipnotizado com a beleza do país”, recorda.  A música brasileira, o artista já conhecia de “outros carnavais”. Aos 16 anos, o guitarrista assistiu ao filme “Orfeu da Conceição” (1959) e se apaixonou. “Fiquei fascinado com as músicas do (Luiz) Bonfá e Vinicius de Moraes”, conta. Décadas depois, quis o destino que Summers inclinasse os ouvidos para Rodrigo Santos. Em 2012, por meio de Luiz Paulo Assunção – produtor dele em terras tupiniquins desde 1995 –, conheceu o baixista do Barão Vermelho. Não demorou para os dois iniciarem uma parceria. “Rodrigo é um grande cantor e baixista, fizemos duas turnês pelo Brasil e foi sensacional”, reverencia o ex-The Police. 

Em maio, o Barão Vermelho voltará aos palcos com Rodrigo Santos e Rodrigo Suricato.Já o Paralamas lança disco novo até o fim do semestre

  Santos também é só elogios ao inglês. “É um ícone da guitarra, um dos maiores do mundo”, exalta o baixista. Ele confessa que, na adolescência, Beatles foram a primeira paixão, seguida pelo Led Zeppelin. Mas afirma que foi The Police que o marcou pela sofisticação do trabalho.  “Pirava a cada disco que eles gravavam. (…) Fiquei fascinado pela obra de ‘Synchronicity’ (1983), o último disco de estúdio deles. Ouvi aquilo compulsivamente”, relata. “Fiquei muito fã de The Police. Tive total influência até nas danças (performance) que eu fazia nos shows”, confessa Santos, que, nos últimos anos, compôs oito músicas com Summers. Rafael Michalawski/Divulgação / N/AJOÃO BARONE – “Não é todo dia que você toca com um mito da guitarra. A gente está se sentindo na Disneylândia” Barone, por sua vez, se diz lisonjeado pelo convite para completar o trio. “Não é todo dia que você toca com um mito da guitarra. A gente está se sentindo na Disneylândia. Fiquei bastante surpreso, arrebatado pela participação no projeto (…) Poder fazer o show é um sonho realizado. Poucas vezes alguém chama outro artista para fazer tributo à própria banda”, afirma o baterista.  ShowNo palco, Santos fará as vezes de Sting, comandando os vocais e o baixo. Summers será ele mesmo: “Este ano resolvemos fazer um show em tributo a The Police, ou seja, em tributo para mim mesmo (risos)”, brinca. Já Barone assume a posição do baterista Stewart Copeland, mas diz que não tem a pretensão de substituí-lo. “Foge do contexto de ser um cover. Estamos longe de querer superar os nossos mestres. É incomparável ao que eles fizeram. A gente está fazendo uma homenagem humilde e se divertindo”, considera.  O repertório é todo composto por hits de The Police, como “So Lonely”, “Every Breath You Take”, “Message in a Bottle”, “Driven To Tears”, “Roxanne”, “Every Little Thing She Does Is Magic” e por aí vai.  A turnê estreou na última sexta-feira em São Paulo e tem apresentações marcadas, além de BH, em Porto Alegre, Rio de Janeiro, Teresópolis e Paraguai, podendo seguir depois para o outro lado do Atlântico. Segundo Santos, Summers quer levar o projeto à Europa, mas os detalhes ainda não foram acertados. Serviço: Call The Police, no Hangar 677 (rua Henriqueto Cardinalli, 121, Olhos D’Água), nesta sexta-feira (7), a partir das 20h. Ingressos: R$ 50 e R$ 25 (meia).

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