Prêmio Marcantonio Vilaça chega à capital mineira

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
15/01/2016 às 07:56.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:02
 (Divulgação)

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Desdobrando-se em suportes variados – vídeos, fotografias, desenhos, instalações e objeto –, a edição itinerante do Prêmio Marcantonio Vilaça começa sua viagem pelo país, nesta sexta-feira (15), a partir da capital mineira, onde ocupa espaços da Fundação Clóvis Salgado/Palácio das Artes.

Em cena, trabalhos de Berna Reale (PA), Gê Orthof (DF), Grupo EmpreZa (GO), Nicolás Robbio (SP) e Virgínia de Medeiros (BA), os contemplados da mais recente edição. Mas não só. Pela primeira vez, o prêmio contemplou a curadoria – no caso, a de Raphael Fonseca. A proposta, intitulada “Quando o Tempo Aperta”, abarca trabalhos de Adriano Costa, Ana Maria Tavares, André Komatsu e Marcelo Cidade, Gabriela Mureb, Hélio Oiticica, Lais Myrrha, Leandra Espírito Santo, Lucio Costa, Pierre Verger, Raquel Stolf, Rochelle Costi e Sara Não Tem Nome.

“O prêmio busca destacar artistas que já têm uma certa história profissional. No caso, a intenção é lançar holofotes, procurar ajudar na inserção desses artistas no circuito mercadológico”, diz o curador Marcus Lontra, acrescentando ainda, que, democrático, o certame contempla artistas de gerações distintas. Acrescente-se que os quatro citados foram selecionados a partir dos mais de 600 inscritos.

Também referindo-se à edição atual, ele destaca o fato de o prêmio atestar a difusão da arte contemporânea brasileira. “Antes, havia um foco maior sobre o chamado eixo Rio-São Paulo, que, na verdade, ainda é presente, mas existe uma produção de arte contemporânea espalhada por todo o país, como mostra o Prêmio”.

Lontra também lembra que os quatro artistas trabalham a partir de vieses bem distintos. “Esse, aliás, é um diferencial do prêmio. O grande barato do Brasil é o multiculturalismo, que não deixa de ser um retrato de nossa formação multiétnica”.

Há, por exemplo, trabalhos que elaboram a questão da violência de forma contundente, ao lado de outros de diretrizes diametralmente opostas. Após BH, a itinerância segue para Recife, Curitiba e Rio de Janeiro.
Prêmio Marcantonio Vilaça – A partir desta sexta-feira (15) até 20/3. Galerias do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537). Terça a sábado, das 9h30 às 21h; domingos, das 16 às 21h. Entrada gratuita. Informações: 3236-7400

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