Artista baiano lança "Sobre Noites e Dias", apostando em um formato de trio

Cinthya Oliveira/Hoje em Dia
08/09/2014 às 07:46.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:06
 (Ioiro Cunha/)

(Ioiro Cunha/)

A turnê internacional que Lucas Santtana realizou ano passado foi fundamental para que nascesse seu novo disco, “Sobre Noites e Dias”. Ele havia viajado com Bruno Buarque e Carlos Malta, dividindo com eles os instrumentos tradicionais e equipamentos eletrônicos.

“Gostei muito dessa formação, que unificou as sonoridades de todos os meus discos. Então, decidi criar a partir desse trio, tendo também alguns convidados”, afirma Santtana, que contou com participações de Zé Nigro, Zé Godoy e Juliana Perdigão (com o clarone).

Enquanto seu trabalho anterior, “O Deus que Devasta Mas Também Cura” (2012), era bastante íntimo, com letras baseadas em vivências da época (inclusive, sua separação), este “Sobre Noites e Dias” traz uma visão mais geral do artista sobre o mundo.

“Só depois que as músicas estavam prontas que fui observar com maior distanciamento sobre o que elas contavam. Vi que se tratavam de crônicas sobre mudanças de comportamento em nosso século, como o sexo e a relação entre os homens e as máquinas”.

Mais uma vez, o artista mistura de maneira interessante sonoridades orgânicas com eletrônicas, utilizando samplers variados – especialmente de músicas mais próximas do erudito.

“No show, não posso contar com todos os sons que utilizo nos discos e os samplers entram como uma solução. Mas tomo cuidado para que não seja uma sonoridade de máquina, mas sim que soe orgânico. Não quero parecer um DJ”, diz Santtana, que deve fechar nos próximos dias um show em Belo Horizonte.

Embora seja um dos artistas mais elogiados pela imprensa nacional e tenha repercussão em rádios europeias (ele já fez cinco turnês no Velho Continente), Santtana não circula pelo Brasil com uma grande facilidade. Para ele, a questão é a inconstância do mercado de shows no Brasil. “Há uma realidade sazonal em cada cidade. Belo Horizonte já esteve mais movimentada, especialmente na época do ‘Conexão’. Hoje, eu e muitos artistas passamos a ir menos para a cidade. Já em Salvador, atualmente há mais festivais”, explica o músico.

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