Balé Teatro Guaíra de Curitiba apresenta clássico em Belo Horizonte

Pedro Artur - Hoje em Dia
24/10/2014 às 08:22.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:44
 (Sérgio Vieira)

(Sérgio Vieira)

O revolucionário, o moderno e o contemporâneo. São aliados. E quando essa união sobe ao palco, melhor para as artes e, quem ganha, é a plateia. É o que acontece com o clássico “A Sagração da Primavera”, música de Igor Stravinski e coreografia de Vaslav Nijinski, que desembarca em Belo Horizonte com o Balé Teatro Guaíra (BTG), de Curitiba, para apresentação única, nesta sexta-feira (24), às 20h, no Sesc Palladium (av. Augusto de Lima, 420, Centro). A Cia. de Dança Palácio das Artes abre a noite com “Entre o Céu e as Serras”.

A entrada é franca mediante retirada de convite. O BTG se inspira na versão da portuguesa Olga Roriz para esse clássico. Jorge Schneider – diretor de produção do grupo e um dos responsáveis pelo projeto – diz que, nessa releitura, o foco é a dança contemporânea. “É uma versão completamente diferente (em relação à original). São usados artifícios para retratar essa ligação grande com a natureza, como serragem no chão e uma névoa de água. Isso coloca a companhia (Guaíra) em contato direto com a terra”, assinala.

O clássico original, de 1913, subverteu a estética musical do século 20 dando origem ao Modernismo. E junto dessa composição irreverente, a coreografia de Nijinki causou polêmica, na estreia em Paris, em 1913, por conta de sua natureza subversiva e provocativa.

O espetáculo conta a história de uma garota entregue como oferenda ao deus da Primavera, visando a boa colheita de seu povo.

Schneider diz que, por se tratar de uma coreografia original de Nijinski, há toda uma carga histórica. “O balé tem muito disso, a tradição de grandes clássicos. Toda vez que uma companhia, nos dias de hoje, remonta uma versão de dança contemporânea, vem toda uma carga, toda uma história. E isso é muito forte para o bailarino que vai para o palco, chama mais atenção”, assinala.

Compartilhamento

Com esse espetáculo, o BTG comemora 45 anos – embora já o tenha levado aos palcos há dois anos. Além de emblemática, essa celebração está colada ao projeto de compartilhamento com outras companhias de balé do país. Assim, já estiveram em Manaus e São Paulo e, depois de BH, seguem para Salvador e Niterói (RJ). “Uma possibilidade de encontrar com outras plateias. Com esse projeto há esse compartilhamento, muito importante para os bailarinos”, explica.

De 13 a 16 de novembro, será realizado, em Curitiba, o festival Balé Teatro Guaíra, integrado também pelo G-2 (Guaíra 2) e por companhias das cidades visitadas, inclusive a da Fundação Clóvis Salgado/Palácio das Artes.

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