Baterista Neném faz show de estreia do DVD sobre álbum "Coração Tambor", na capital

Cinthya Oliveira - Do Hoje em Dia
09/10/2012 às 07:02.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:56
 (Carlos Rhienck)

(Carlos Rhienck)

Quando Luciana Salles, diretora da produtora Bangalô, sugeriu a Esdras Ferreira, o Neném, a gravação de um DVD, o baterista mais amado de Minas Gerais não gostou muito da ideia. “Ah, vamos gravar só o disco mesmo”, respondeu. Felizmente, a produtora soube persuadi-lo e o mercado agora recebe o DVD “Coração Tambor”, um documentário sobre o processo de criação e gravação do álbum que Neném lançou no ano passado.
O show de lançamento acontece nesta quarta-feira (10), no Museu Inimá de Paula, quando Neném se apresenta ao lado de dois eternos parceiros: Toninho Horta e Juarez Moreira. No repertório, algumas das 12 faixas do disco “Coração Tambor” e versões de sucessos, como “Morro Velho”, de Milton Nascimento.   Flagrantes
Sorrisos não faltaram nas imagens do registro audiovisual. “O DVD soube passar o clima de alegria, mostrou bem como aquela gravação era, na verdade, uma festa entre amigos que tocam juntos há muito tempo”, afirma Neném, em uma conversa no Inimá de Paula.
O documentário “Coração Tambor” traz cenas de bastidores. Em vez de registrar o virtuosismo de Neném, como é tradição no mercado, as imagens focam o processo de criação. São flagrantes do nascimento de arranjos elaborados pelos principais parceiros: Horta, Moreira e Mauro Rodrigues (com quem criou “Suíte para os Orixás”).   Fernando Orly
Desde a tenra infância Neném teve contato com instrumentos percussivos, especialmente porque sua mãe coordenava uma escola de samba. Mas a primeira vez em que viu uma bateria foi somente aos 12 anos. Tocar uma foi somente depois dos 15.
“Quando tinha que tocar, pegava uma bateria emprestada e levava meus pratos e um pedal amarrado com arame”, lembra Neném, que só comprou uma bateria após dez anos de contato com o instrumento.
Quando menino, Neném espiava de longe os ensaios do músico Fernando Orly. Anos depois, viu o próprio Orly convidá-lo para participar da banda A Arca de Noé, projeto que lhe abriu portas.
“Quando o Flávio Venturini nos viu, quis gravar o nosso som. Pouco tempo depois, ele me convidou para gravar ‘Nascente’. Ele foi o primeiro de vários músicos importantes com quem gravei”, diz.
Depois de Venturini, outros tantos artistas passaram a requerer o trabalho de Neném: Milton Nascimento e toda turma do Clube da Esquina, Chico Buarque, Maria Bethânia, Paulinho da Viola, Nana Caymmi, Ângela Maria, Nelson Gonçalves...
Aos 58 anos, Neném pode dizer que já tocou nos quatro cantos do mundo: Rússia, Japão, Finlândia, Dinamarca etc. O show mais marcante? Em Cuba, acompanhando Milton e Chico Buarque, no início da década de 1980.   Serviço

"Coração Tambor" – Quarta-feira, 10, às 20 horas, no Museu Inimá de Paula (rua da Bahia, 1201, Centro. Telefone: (31) 3213-4320). Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).   Leia mais sobre o trabalho do baterista Neném na Edição Digital (http://177.71.188.173/clientes/hojeemdia/assinantes/index.php)

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