Beatles entra no cardápio da Cia. Filarmônica neste fim de semana

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
01/04/2016 às 18:08.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:44
 (Júlio Menezes/Divulgação)

(Júlio Menezes/Divulgação)

Apesar de o nome da companhia carregar a palavra “filarmônica”, não vá esperando um grupo de músicos com fraque diante de um maestro, com um repertório voltado para a música erudita. Irreverên-cia e canções populares marcam a presença da Companhia Filarmônica em Belo Horizonte neste fim de semana.

Hoje, com os Beatles. Amanhã, com canções marcantes do cinema. As apresentações, programadas no Teatro Bradesco, “são pautadas pela maior irresponsabilidade possível”, afirma Marco Fentanes, diretor do projeto criado há 12 anos em São Paulo, e que faz prevalecer no palco a dobradinha surpresa e encantamento.

“Em seu sentido literal, filarmônica quer dizer amigo da música. E companhia remete a teatro. E esse é o espírito do grupo: fazer musicais com elementos de teatro”, registra Marco, que, para o espetáculo de trilhas sonoras, escolheu as canções e temas inesquecíveis da história do cinema, de “E o Vento Levou” (1939) à “Missão Impossível” (1996).

No espetáculo dos Beatles, o grupo recorre a bonecos que representam os Fab Four, mas que se parecem com bonecões do Carnaval de Olinda

300 beijos
“Claro que o critério também foi pessoal, porque se botássemos todas, facilmente iríamos para os 20 dígitos”, explica o diretor, que não esqueceu dos faroestes e, muito menos, dos grandes romances, presentes com “Casablanca” (1942) e “A Noviça Rebelde” (1965). Por sinal, o que não falta é beijo no espetáculo: nada menos do que 300.

Enquanto a Companhia Filarmônica apresenta músicas de “E o Vento Levou”, “Verão de 42” (1971) e “Em Algum Lugar do Passado” (1980), no telão é exibido beijo que não acaba mais. “O espectador que gosta de cinema desfruta mais do espetáculo, ao tentar reconhecer os filmes”, registra Marco.

Os atores entram em cena para protagonizar uma luta de boxe, no instante em que a companhia executa os acordes de “Rocky, um Lutador” (1976), um dos mais importantes trabalhos sobre o esporte no cinema, com Sylvester Stallone como o campeão da modalidade Rocky Balboa.

Teatro de sombras
Também não falta suspense no repertório: há um medley que mistura “Psicose” (1960), “Tubarão” (1974) e “Missão Impossível”, ilustrado por um teatro de sombras. “Não fazemos cópia, apesar de ser muito próximo do original”, avisa. Do cinema brasileiro, há “Diários de Motocicleta” (2004), assinado por Water Salles.

Serviço
Companhia Filarmônica no Teatro Bradesco (rua da Bahia, 2244, Lourdes).

“Beatles Segundo a Cia. Filarmônica” – Neste sábado, às 21h. 

“A Música do Cinema Segundo a Cia. Filarmônica” – Neste domingo, às 19h. 

Ingressos: R$80 e R$40 (meia)

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