Benji Kaplan lança seu novo álbum no Idea Casa de Cultura

Jéssica Malta
jcouto@hojeemdia.com.br
19/02/2018 às 17:54.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:27
 (Douglas Garcia/Divulgação)

(Douglas Garcia/Divulgação)

Um passeio por Nova Iorque através de composições que misturam a música brasileira, o jazz e o erudito. É desta forma que o compositor e violonista nova-iorquino Benji Kaplan constrói um autorretrato de suas influências e de sua vida no disco “Chorando Sete Cores”, que ele lança hoje no Idea Casa de Cultura. 

“Para mim, esse disco é um acúmulo de vários momentos, desde quando descobri a música brasileira”, conta Kaplan. Ele recorda que a primeira visita ao país foi feita quando tinha 18 anos, mas sua relação com a produção musical do Brasil vem desde à infância. “Eu fui muito exposto à música brasileira em casa”, conta.

Não é por acaso que inspirações do país não faltam para o nova-iorquino. Apaixonado pela obra de Dorival Caymmi, a qual ele diz se sentir muito conectado, o músico também cita outros nomes, com destaque para a produção mineira. “Gosto muito de artistas como Milton Nascimento, Toninho Horta e o Clube da Esquina no geral”. 

Mas a relação com a música do país ultrapassa o talento de suas inspirações. “Gosto da perspectiva, do jeito que a música brasileira tem uma coisa mágica, algo que às vezes é imprevisível. É muito sobre contar uma história. Adoro o jeito que o brasileiro faz isso”, revela. “Nas composições, a letra é tão importante quando a música. Mas também sinto que existe um interesse muito grande em contar essas histórias na melodia, na harmonia. Mesmo se compositor não for cantar, ele já cria um ambiente com tanta informação, que existe essa história também. Acho que é algo intrínseco do brasileiro”, observa. 

Embora a influência tupiniquim seja forte, o músico não deixa de lado sua terra natal, os Estados Unidos, especialmente no que diz respeito a seus elementos musicais, como o jazz. “Cada país, cada cidade tem um movimento particular das pessoas, da energia. Eu trago muito isso, os barulhos de Nova Iorque, os encontros, as conversas. É uma cidade onde tudo está muito rápido, a energia é muito sobrecarregada, tem uma coisa meio neurótica. Trago um pouco disso nas composições também”, explica. 

Serviço: Ben Kaplan lança “Chorando Sete Cores”, hoje, às 20h30, no Idea Casa de Cultura (rua Bernardo Guimarães, 1200 – Funcionários). Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia)

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