(Bruno Senna/ Divulgação)
Um ensaio que dá vida ao que, há tempos, foi deixado de lado. O fim, o abandono ou "A morte das Bicicletas" é a reunião de 16 imagens produzidas pelo fotógrafo (e ciclista) http://www.brunosennaimagens.com, de 32 anos. A mostra pode, a partir do dia 4 de agosto, ser vista no Café com Letras.
O trabalho foi produzido durante um tempo que Bruno esteve na Europa, especialmente quando passou pelas cidades de Amsterdam, Berlim, Bolonha e Roma. "Durante as viagens comecei a reparar essa realidade que não existe no Brasil. Bikes simplesmente largadas pelas ruas e ignoradas pelos moradores. E eu comecei a ver uma beleza nisso. Algumas eram obras de arte criadas pelo tempo e foi daí que pensei numa forma de trazer vida para elas".
Reutilização
Se lá fora, as magrelas são dispensadas no primeiro imprevisto, exatamente porque são muito mais baratas se comparadas ao preço cobrado no Brasil, aqui, elas acabam sempre sendo reutlizadas. "Até já procurei pra fazer foto, mas nunca encontrei", comenta Senna para completar em seguida:
"No Brasil, a bike velha se vende, se dá ou deixa em casa. Lá, o que acontece é que a pessoa amarra a bicicleta e aí alguém vem e quebra a roda, por exemplo. O dono, depois disso, nem se dá ao trabalho de ir buscá-la".
O fotógrafo comemora que, na capital mineira o número de adeptos do ciclismo seja cada vez maior. "Eu vejo uma cidade com uma comunidade ciclística cada vez mais ativa e diversos grupos lutando pelo seu espaço e difundindo a bike como a melhor alternativa para o trânsito. Grupos como o Dizzy Rider, Bloco da Bicicletinha, Tweed Ride, Massa Crítica, RUT's, Le Velo, Bike Anjo... Todos lutam para quebrar o mito de que BH não é uma cidade pedalável".
Quer mais um excelente motivo para conferir o trabalho do moço? Programe-se: para quem for conferir a mostra, no dia da abertura, de bike ganha uma bebida como cortesia da casa.
SERVIÇO
"A morte das bicicletas", por http://www.brunosennaimagens.com
Café com Letras (rua Antônio de Albuquerque, 781, Savassi). De segunda a quinta das 12 à 0h. Sextas e sábados das 12 à 1h. Domingos e feriados das 17 às 23h. Entrada franca. A partir do dia 4/8.