Carla Camurati será a substituta de Ingra Lyberato na comissão do Oscar

Folhapress
Hoje em Dia - Belo Horizonte
29/08/2016 às 13:55.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:36
 (Reprodução)

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A diretora carioca Carla Camurati ("Carlota Joaquina") será a substituta da atriz Ingra Lyberato na comissão que vai escolher o filme nacional que representará o Brasil no Oscar. 

A informação foi confirmada à reportagem pelo secretário do Audiovisual, Alfredo Bertini, responsável por chancelar os nomes do comitê. 
Ingra anunciou sua saída da comissão na última sexta (26), em seu perfil no Facebook, dizendo que a decisão foi tomada depois que alguns "filmes preciosos" foram retirados da disputa por seus diretores. 

Ela se referia à controvérsia em torno do comitê, composto por nove membros, que é alvo de grita no meio cinematográfico. Antes de Ingra, o cineasta Guilherme Fiúza Zenha também havia se desligado do grupo, alegando "motivos pessoais". E foi substituído pelo diretor Bruno Barreto. 

A polêmica gira em torno da nomeação de um dos membros, o crítico Marcos Petrucelli, notório opositor ao diretor Kleber Mendonça Filho, de "Aquarius". O filme que é um dos mais fortes candidatos a ocupar a vaga. 

A polêmica foi antecipada pela coluna "Sem Legenda", da Folha de S.Paulo. Desde que o filme de Mendonça Filho estreou no Festival de Cannes, em maio, o diretor é alvo de postagens ofensivas por parte de Petrucelli. Durante o festival francês, o cineasta e a equipe de "Aquarius" empunharam cartazes contra o impeachment de Dilma Rousseff com os seguintes dizeres: "Um golpe está acontecendo no Brasil".  Petrucelli escreveu que "vergonha é o mínimo que se pode dizer" do ato. 

Gabriel Mascaro ("Boi Neon"), Anna Muylaert ("Mãe Só Há Uma") e Aly Muritiba ("Para Minha Amada Morta") desistiram de inscrever seus longas para análise da comissão. Petrucelli afirma que sua contrariedade se limita às posições políticas do diretor e que isso não vai afetar seu julgamento na comissão. Outros membros também negam partidarização. Secretário do Audiovisual, Alfredo Bertini diz que a polêmica é infundada e que o processo de escolha de Petrucelli seguiu os trâmites normais e teve "transparência absoluta".

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