Coletivo ZiNas realiza oficinas sobre criação de fanzines

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
22/04/2016 às 17:09.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:04
 (Pablo Bernardo/Divulgação)

(Pablo Bernardo/Divulgação)

Formado há dois anos, o coletivo ZiNas é formado por oito mulheres em atuação no mercado gráfico mineiro, publicando trabalhos para promover a representatividade artística de minorias. Agora, o grupo quer expandir. A partir do mês que vem, colocam em prática a primeira oficina “Vidas, Quadrinhos e Relatos”, projeto realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.

A intenção é não só oferecer oficinas técnicas sobre ilustrações e fanzines, mas trabalhar a identidade dos participantes. “Como todas nós temos o interesse por tratar a representatividade das minorias em nossos trabalhos, a oficina vai caminhar muito por esse lado”, conta Aline Lemos, quadrinista da página virtual Desalineada.

“Não é uma oficina só técnica, queremos explorar as vivências dos participantes e transformar aquilo em arte. Há um interesse muito grande em trabalhar a autonomia das pessoas que estiverem na oficina”, completa Aline.

Livro

A intenção do grupo é transformar o material produzido pelos 30 alunos em um livro, a ser lançado no segundo semestre. Além disso, a publicação terá cinco trabalhos de cada uma das integrantes envolvidas no projeto.

Serão prensados de 2 mil exemplares, sendo que metade será destinada à doação em espaços como bibliotecas, centros culturais, escolas e equipamentos municipais.

Mesmo que a maioria dos interessados na oficina sejam amantes dos quadrinhos, Aline explica que não há pré-requisitos para participar. Não é preciso ter tido contato com as artes plásticas para fazer a inscrição, mas é bom estar afinado com a ideia de tratar temáticas ligadas a minorias.

Contra o machismo

O coletivo nasceu a partir do contato de artistas mulheres nos corredores de escolas de artes e eventos ligados ao universo dos quadrinhos. A união veio do desejo mútuo de expor os trabalhos.

"Nossa sociedade ainda é machista e os espaços de destaque são ocupados por homens. Mas temos muitas mulheres produzindo”, diz Aline. “Tem gente que tem resistência aos quadrinhos que tratam do feminismo, mas, ao mesmo tempo, temos uma receptividade muito boa”.

As próximas oficinas acontecem no Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira (Mercado da Lagoinha), em junho, e no Instituto Paulina Reichsul (bairro Floresta), em julho. Informações pelo zinaszineiras@gmail.com.

Primeira oficina “Vidas, Quadrinhos e Relatos”: inscrições até segunda, pelo e-mail zinaszineiras@gmail.com. Aulas no Centro Cultural Padre Eustáquio (rua Jacutinga, 821), nos dias 7, 14, 21 e 28 de maio, das 14h às 18h. Gratuito

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