Destaque em 'Aquarius', Bárbara Colen tem projetos no cinema e no teatro

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
05/10/2016 às 16:59.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:07
 (Flavio Tavares)

(Flavio Tavares)

Se você foi uma das mais de 300 mil pessoas a conferir no cinema o filme “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, deparou com a beleza da belo-horizontina Bárbara Colen. É ela a moça de cabelo curtinho que interpreta Clara durante a juventude – enquanto Sonia Braga faz a personagem no restante da obra. 

Quem a vê em uma produção tão importante, a ponto de concorrer à Palma de Ouro em Cannes, não imagina que, há 15 meses, ela era “apenas” funcionária concursada do Ministério Público Estadual. 

“Foi uma coisa incrível do universo. A minha saída do MP estava marcada para 20 de julho. Uma semana antes, me ligaram para fazer o ‘Aquarius’. Foi um sinal de que tudo iria dar certo a partir daquela decisão”, conta Bárbara, de 30 anos, que estudou Direito e também já havia trabalhado como concursada na Cemig.

Embora tenha se dedicado ao teatro por muitos anos, a atriz vê “Aquarius” como o grande marco inicial de uma carreira profissional. “Tínhamos um roteiro muito potente em mãos, todo mundo tinha a consciência de que era uma história muito forte. Esperávamos uma projeção grande, mas foi muito maior. Ser convidado para Cannes e ter uma distribuição para 60 países é algo que ninguém imaginava”.

Trabalhos
A vida tem mostrado que deixar a comodidade do funcionalismo público para encarar a instabilidade da arte foi muito acertada. Não tem faltado trabalho para Bárbara. Este ano, ela já gravou dois longas-metragens brasileiros: “Baixo Centro”, de Ewerton Belico e Samuel Marotta, e “No Coração do Mundo”, de Maurílio e Gabriel Martins. Também participou das gravações de um curta de Juliana Antunes, ainda sem título. 

Na agenda, ainda um filme dirigido por Maria Clara Escobar, em São Paulo, e um longa-metragem que também vai contar com Irandhir Santos e Dira Paes – projeto que aguarda liberação de verba para ir adiante. 

Só não dá para encaixar mais projetos porque atualmente Bárbara vive dividida entre Belo Horizonte e Barcelona, onde mora o marido, o diretor e ator catalão Ferran Utzet.

“Temos um projeto de fazer uma peça sobre as cartas que (Anton) Tcheckhov enviou para a esposa, Olga (Knipper). O texto ainda está sendo desenvolvido, devemos trabalhar o espetáculo em duas versões: catalão e português”, adianta Bárbara, que segue para Barcelona este mês e volta, provavelmente, em março. 

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