Dia Mundial do Rock: 5 bandas e músicos autorais de BH que você precisa conhecer

Paula Bicalho
pbicalho@hojeemdia.com.br
12/07/2017 às 18:49.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:31
 (Yasuyoshi Chiba)

(Yasuyoshi Chiba)

Quem acompanha a cena musical em Belo Horizonte pode atestar: desde o Clube da Esquina a cidade tem se mostrado um grande celeiro de bons músicos e bandas de excelente qualidade. Falando especificamente de rock, cada vez mais tem surgido bandas e projetos solos que mantêm viva a chama roqueira na capital.

Também, quem já teve o Sepultura como representante maior deste estilo musical não pode fazer feio, e BH tem cumprido bem o papel de revelar novos talentos. Muitos espaços na cidade abrem suas portas para que o trabalho autoral seja conhecido, como A Autêntica (Rua Alagoas, 1172 - Savassi), o projeto Jack Experience, do Jack Rock Bar (Av. do Contorno, 5623 - Funcionários), A Obra Bar Dançante (R. Rio Grande do Norte, 1168 - Funcionários) entre outros. E isso vem contribuindo, e muito, para fomentar a cultura do rock por aqui.
 
Para comemorar o Dia Mundial do Rock, celebrado nesta quinta-feira (13), o Hoje em Dia preparou um especial com cinco bandas e músicos de rock da cidade que você precisa conhecer. Cada um com um estilo diferente, rock para todos os gostos. Confira:

CARTOON

Nem sei se preciso apresentar uma das bandas de rock mais tradicionais de BH. Com 4 discos lançados e milhares de seguidores nas redes sociais, o Cartoon é hoje reconhecido, dentro e fora do país, como um dos grandes expoentes da música independente no Brasil. O trabalho diferenciado, mesclando o rock com muitas outras influências musicais, arranjos intrincados e belas harmonias vocais, levaram a banda a se apresentar em inúmeros palcos brasileiros e em países como Canadá, Irlanda, Inglaterra e Estados Unidos.

A Cartoon está finalizando seu 5º álbum, que será lançado no início do 2º semestre, comemorando os 20 anos de carreira do grupo. Para gravar o novo disco, o Cartoon fez uma campanha de financiamento coletivo. A ideia era aproximar o público, ou seja, ele deixaria de ser mero espectador e passaria a participar do trabalho da banda, já que desta forma, elimina-se a necessidade de intermediários.

"O novo disco tem algo que a gente sempre quis fazer: ele é mais baseado em canções folk, com mais instrumentos acústicos, muito violão e mais foco nas vozes. Na verdade, o Cartoon faz isso, mas sempre misturado a muitas outras influências e acabava ficando meio escondido. Desta vez, focamos mesmo no folk, com arranjos mais simples, mais acústico", conta o vocalista Khadhu Capanema. Além de Khadhu no vocal, baixo, esraj, violão, fazem parte da banda Khykho Garcia - guitarra, violão, baixo e vocal; Raphael Rocha - piano, teclado, hammond, mellotron, vocal; e Bhydhu Capanema - bateria e percussão.

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You Tube: bandacartoon

MONOCINE
 
Com quatro anos de estrada e um disco na bagagem - "Tão Deserto Quanto Eu", lançado em 2015, a Monocine chama a atenção pela qualidade dos arranjos e pelo rock produzido em seu espírito mais fiel e tradicional. A banda está em estúdio gravando o novo EP, ainda sem nome definido e com previsão de lançamento para o início do 2º semestre. O EP sairá com quatro canções, que já estão quase prontas. São elas: “Procurando Abrigo”, “Não Mexa Com A Gente”, “Enquanto Esperar” e “Eu Vou Indo”. A primeira foi lançada como single no início do ano. As outras três são inéditas.

Gravação, mixagem, produção e masterização estão sob responsabilidade do vocalista e compositor da banda, Fábio Della, e do tecladista, Hamilton Soares, no estúdio Della Prod. Felipe Brant (baixo) e Nenel Neto (bateria) completam o quarteto. “Somos muito cuidadosos com todo o processo. Tudo está sendo feito com critério e com uma atenção especial aos timbres”, explica o catarinense Fábio, radicado em Belo Horizonte há sete anos e com uma vasta experiência musical, que inclui o grupo Aerocirco, muito conhecido no sul do país.

As influências do novo EP vão de Beatles a Raul Seixas, de Oasis a Barão Vermelho, com letras fortes e muito groove, sem deixar o peso de lado. Nestes poucos anos de estrada, a Monocine já participou de importantes festivais, como BH Rock Week – ao lado de Pato Fu, Cachorro Grande, Tianastácia e Sideral – e 53 HC Music Festival – juntamente com Plebe Rude, Camisa de Vênus, Sepultura e, novamente, Cachorro Grande. 

O grupo ainda participou da coletânea “Espelho Retrovisor – Tributo aos Engenheiros do Hawai 30 anos”, lançado em 2014 pelo site Scream & Yell, que contou com a participação de diversos artistas conhecidos nacionalmente, como Fernando Anitelli (Teatro Mágico) e Esteban Tavares (ex-Fresno).

Facebook: monocineoficial
You Tube: monocine


PAIM

Paim é cantor, compositor e músico autodidata. Natural de BH, é vocalista da banda Ram, baixista do Cabezas Flutuantes, tecladista da Orquestra Mineira de Brega, além de também integrar o bloco carnavalesco da Alcova Libertina. De moral fortemente influenciada por trilhas sonoras de novelas da virada dos anos 80 para os 90 e pelos primeiros anos da MTV, encontrou na canção um campo inesgotável de expressão. Daí a identificação com os cantautores contemporâneos, que fazem de suas trovas crônicas atualizadas do que veem e do que vivem. Como polaroides, instantâneas e impassíveis de edição.

O músico é adepto do freak folk, com Influências de Neil Young, Luis Alberto Spinetta, Cida Moreira, entre outros. Paim acaba de finalizar um EP com canções folk de arranjos minimalistas. Gravado no estúdio Ilha do Corvo em parceria com o produtor Leonardo Marques, (banda Transmissor) o trabalho será lançado no 2º semestre. "O rock me instiga a dialogar com outros universos, me dá liberdade para me misturar a outros estilos e manter isso vivo", explica.

Facebook: paimmuziko
 

KKFOS

O KKFOS condensa distintas sonoridades e inspirações pessoais em busca de originalidade. O grupo é motivado pela energia e melodia de bandas que cresceram ouvindo e das novas que aprenderam a gostar ao longo da vida de músico. No disco de estreia, Klownstrophobia, lançado em maio, as referências são desde o ritmo contagiante do punk rock, passando pela distorção incrível e singular de Sonic Youth, até a inclusão do peso e riffs do stoner, seja aquele setentista criado pelo Black Sabbath, ou o revigorado pela icônica Queens of the Stone Age.

A banda é formada por Thiaggo Tayer (vocais e guitarra), Vinicius Fiumari (baixo), Vinicius Lira (guitarra) e Aldrin Salles (bateria).  O álbum conceitual foi produzido no estúdio Toth por Danilo Souza e Fernando Uehara (Bullet Bane) e masterizado no El Rocha por Fernando Sanchez (CPM-22). O disco, viabilizado por meio de um bem sucedido financiamento coletivo que obteve 103% de adesão, já está disponível em plataformas online e ganha uma versão física em CD.

"As composições foram feitas com muita calma e muita paciência. Esse processo durou meses, até que estivéssemos com tudo ajustado e pensado. Nesse ínterim, íamos testando ao vivo a reação do público para com as composições novas. Antes de irmos para a campanha de gravação em São Paulo, fizemos uma pré-produção, de forma caseira mesmo, para já chegarmos lá com algumas coisas mais bem pensadas/organizadas", explica Thiaggo Tayer.

Facebook: kkfosoficial
You Tube: kkfosoficial





BRONNCO BILLY E OS MANGAS COLORADAS

"Cowboys sem cavalo, e artistas com muita fé no caminho. Nós somos os Mangas Coloradas e eu sou Bronnco Billy da Fronteira". É assim que a banda Bronnco Billy e os Mangas Coloradas se apresenta. Com um trabalho cheio de referências marcantes, como Willie Nelson, Waylon Jennings, Rolling Stones a Tião Carreiro e Pardinho, Léo Canhoto e Robertinho, Renato Teixeira, entre outros, se defidem como uma banda de country rock original.

O vocalista da banda, Diego Faria, criou o projeto Bronnco Billy e os Mangas Coloradas, que faz releituras de clássicos do Country e Folk rock, além de músicas autorais. "A ideia é fazer as pessoas se sentirem nos saloons do Velho Oeste", comenta Diego. A banda está terminando a produção de seu primeiro trabalho, que será lançado em novembro deste ano, mas já lançou três singles autorais. São eles: "Gosto de pensar que sim", "Fica melhor se ficar" e "Tarra todo dançarino".

A formação da banda é Delano Chackal - mandolim, banho e pedal Steel. 


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