Diretor Hugo Rodas traz para Belo Horizonte o espetáculo 'OperATA'

Jéssica Malta
jcouto@hojeemdia.com.br
17/05/2018 às 17:51.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:54
 (Fotos Sartoryi/Divulgação)

(Fotos Sartoryi/Divulgação)

“Não entendo a arte como uma coisa só. Para mim, o teatro significa tudo isso”, diz o diretor Hugo Rodas, referindo-se ao seu trabalho, que une artes cênicas, dança e música. É justamente nesse caldeirão de linguagens exploradas pelo artista uruguaio (radicado em Brasília) que se insere o espetáculo “OperATA”, que fica em cartaz no final de semana em Belo Horizonte.

Reunindo as peças “Ensaio Geral”, de 2012, e “Punaré & Baraúna”, de 2015, a ópera tem como fio condutor o amor, tema que ele considera relevante no cenário sociopolítico atual. “Em tempos de ódio, de um descontentamento tão profundo, e de raiva, é necessário falar um pouco de amor”, acredita.

Nessa vontade de afeto, “OperATA” transita entre dois mundos: a solidão sertaneja de “Punaré &Baraúna” e o mar de amores urbanos de “Ensaio Geral”. “O primeiro espetáculo é uma história completa. Já o outro não responde a uma história específica, são vários textos escolhidos pelos atores”, explica.

Nessa miscelânea que compõe “Ensaios Gerais”, um mergulho nas várias nuances e dimensões do amor, as vozes são múltiplas. “São visões completamente diferentes. Um texto de (Eduardo) Galeano, um de Carlos Drummond de Andrade, todos em um mesmo lugar”, diz.

O diretor lembra que a união das montagens aconteceu pela primeira vez em 2016, quando ele e sua trupe apresentaram a proposta no Teatro Oficina, em São Paulo. De lá para cá, a peça que chega a Belo Horizonte, passou também por Brasília e Goiânia. “Tivemos uma aceitação muito boa, fomos muito bem recebidos”, comemora o diretor.

Grupo

Mantendo a mesma formação há 6 anos, o diretor define sua trupe, a ATA – Agrupação Teatral Amacaca (que também dá nome à opera), como “uma orquestra que contra histórias”. Desta forma, quase todos os artistas tocam algum instrumento musical. “Os que não tocam, já estão começando a aprender algum. É a única maneira de sobreviver ao trabalho”, diz.

Serviço: OperATA –Repertório da Agrupação Teatral Amacaca, amanhã, às 20h, e domingo, às 19h, no Galpão Cine Horto (Rua Pitangui, 3613, Horto). Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

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