Disco da Blitz conta com mais de 20 convidados

Cinthya Oliveira
Hoje em Dia - Belo Horizonte
16/12/2016 às 20:07.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:07

Depois que construiu um estúdio em cima da garagem de sua casa, Evandro Mesquita viu que o processo de produção de um álbum pode ser muito diferente. Dá para fazer com calma, sem se preocupar com os custos das horas trabalhadas.  O estúdio caseiro permitiu que o novo álbum de inéditas da Blitz, “Aventuras II” (Deck), pudesse contar com um número surpreendente de convidados: 27! E estamos falando de gente de alto escalão da MPB, como Zeca Pagodinho, Seu Jorge, Paralamas do Sucesso, Frejat, Andreas Kisser (Sepultura), Pretinho da Serrinha e outros.  Os convidados passaram a ter uma importância tão grande no álbum, que a contracapa – desenvolvida por Gringo Cardia – não traz as músicas do CD, mas a lista de nomes dos artistas que deixaram sua marca no álbum.  

A Blitz tem a intenção de gravar um DVD com as músicas de “Aventuras II” e parte dos convidados. Por enquanto, a ideia é fazer o show em junho, no Circo Voador, no Rio

 “As participações surgiram de maneira não planejada, em encontros no aeroporto. Com o Zeca Pagodinho, por exemplo, estava conversando sobre como a Blitz faz um ‘rock de breque’, em vez de samba de breque, e que poderia mandar uma música para ele. ‘Não precisa me mandar nada, já topei’, foi o que ele me respondeu”, lembra o vocalista Evandro Mesquita, acrescentando que os convidados escolhidos têm o alto astral característico da banda.  CaymmiA primeira pessoa a ser convidada para “Aventuras II” foi Alice Caymmi, que Evandro não conhecia pessoalmente até então. Ele queria inserir no repertório a música “Noku Pardal”, que integrou o espetáculo “Esse Cara Não Existe”, que Evandro fez com Mauro Farias. “Tenho um carinho e uma reverência enorme pela família Caymmi. Quando vi o show da Alice, pensei: ‘vou chamá-la para cantar’. E ela ficou superanimada”, diz Evandro. CrônicasO humor e o toque cronista da Blitz permanece nas letras e na sonoridade, com um olhar sobre a contemporaneidade. Em “Pode Ser Diferente”, por exemplo, se fala sobre uma mulher “cheia de manha/ cheia de truque/ cheia de amigos/ só no Facebook”. Já em “Nu na Ilha”, tem sacadas ótimas como “milagre não é andar sobre as águas/ milagre é andar sobre a Terra”.  “Continuamos fazendo crônicas, mas com um olhar de agora. Falamos de algumas coisas sérias, mas não de maneira didática e panfletária”, diz Evandro.

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