Dose dupla: Orquestra Ouro Preto apresenta Valencianas e Beatles na mesma noite

Thais Oliveira
taoliveira@hojeemdia.com.br
02/11/2016 às 17:32.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:29
 (Naty Torres/Divulgação)

(Naty Torres/Divulgação)

no BH Hall, na capital mineira. A regência é do maestro Rodrigo Toffolo. 

Vencedor do Prêmio da Música Brasileira, como melhor disco de MPB de 2015, “Valencianas” revive o cancioneiro de Alceu, com arranjos inéditos para a linguagem de concerto. Partindo da biografia musical do cantor e compositor pernambucano, o repertório inclui canções como “La Belle Du Jour”, “Coração Bobo”, “Tropicana”, “Anunciação”, “Sino de Ouro” e “Porto da Saudade”, além de “Suíte Valenciana”, composta por referenciais sonoros que buscam revelar o imaginário poético e musical de Alceu. 

Em comum com a orquestra, Toffolo destaca o fato de Alceu ter conseguido rejuvenescer seu público. “É um artista que se reinventa sempre. Uma pessoa de 15 anos sabe quem ele é”, diz. “Alceu é uma referência musical, carrega uma brasilidade e um jeito de falar próprio”, elogia o regente.

Da mesma forma, Toffolo afirma que os Beatles ganharam o mundo dos jovens. “Eles querem saber tudo sobre a música dos Beatles, como se faz, quem tocou. Estou muito feliz de poder juntar esses dois espetáculos”, vibra. No setlist, canções famosas, mas, também, menos conhecidas, em arranjos inéditos. Destaque para “With a Little Help From My Friends”, que será tocada junto ao célebre arranjo de Leon Russel, eternizada por Joe Cocker em Woodstock.Yan Montenegro/Divulgação / N/A

Alceu Valença participa de apresentação deste sábado

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Essa é a primeira vez em que o público poderá assistir aos dois concertos num só programa. A escolha, claro, não foi por acaso. Os projetos, concebidos entre 2011 e 2012, foram, sem dúvida, os maiores responsáveis por quebrar a barreira outrora existente entre a orquestra e o público geral. 
“O plano era fazer com que muita gente nos assistisse, e deu certo. Nessa época, houve uma guinada na vida da orquestra, com formação de plateia”, celebra Toffolo.

O sucesso do grupo é tanto que logo na primeira semana de vendas dos ingressos, um terço das entradas foram compradas. “As pessoas estão descobrindo a música instrumental e vendo que pode ser uma coisa interessante”, diz o maestro. 

Toffolo atribui essa mudança de comportamento ao trabalho estabelecido pela cena orquestral mineira, que, nos últimos anos, tem investido na aproximação do público. “Há um crescimento da aceitação dessa música, que está cada vez mais sólida em Minas. Vários grupos de qualidade estão surgindo e com um público interessado, mostrando essa efervescência no Estado”.

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