Exposições em BH reforçam o culto à singular artista mexicana

Elemara Duarte - Hoje em Dia
12/11/2014 às 08:18.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:59
 (CARLOS RHIENCK /HOJE EM DIA )

(CARLOS RHIENCK /HOJE EM DIA )

A “monocelha” era característica marcante. Não bastasse, o jeito de ser – espevitado, talentoso, intenso e sofrido. Como não se apaixonar? O mundo se rende ao legado de Frida Kahlo (1907-1954), especialmente no ano em que os 60 anos da morte da artista mexicana são lembrados. E Minas Gerais, claro, não fica de fora. Por aqui, Frida está em toda parte, seja na performance de um artista plástico de Muzambinho ou na inspiração de tantos outros talentos que estreiam exposição sobre ela na capital mineira.    Mas não só. O rosto de Frida também se desdobra em objetos oferecidos por várias lojas da cidade e enfeita a bolsa de uma estudante de 21 anos – filiada ao exército de “fridamaníacos”. O motivo? “Pelo símbolo que ela encarna, há uma conexão maior. Não sentiria isso se fosse vestir uma camiseta com o rosto de outras personalidades, como Brigitte Bardot, por exemplo”, compara a estudante de jornalismo Maria Beatriz de Castro.   “Ousadia, coragem e uma história de superação de dores físicas e afetivas através da arte. Tudo isto em Frida inspira as pessoas. Assim, elas encontram alguma identificação na história desta moça ‘soFrida’ e colorida”, diz Cléo Zocrato, proprietária de um verdadeiro “QG” em homenagem a Frida, o Empório Trecos e Afetos, situado no edifício Arcangelo Maletta. Cléo chama Frida de “musa”. E dedica a ela uma espécie de “encontrão”, o “Evento de Frida”. Mas para um público seleto: do contrário, na loja não comportaria uma multidão. “Faço esse encontro no aniversário da loja, em abril. Já foram quatro edições”.    Na verdade, já teve ano em que ela organizou duas edições da iniciativa. “Convido uma chef para fazer os pratos mexicanos. Além disso, os artistas que são parceiros da loja preparam objetos especiais. Na minha loja, Frida fala ‘uai’”, orgulha-se Cléo. Ela, que também é artista plástica, abriu a loja depois de participar de uma exposição coletiva. Na ocasião, criou uma Monalisa a la Frida. Hoje, além do quadro com o ícone de Leonardo Da Vinci com ares mexicanos, a loja tem esculturas costuradas (lembrando as cirurgias que Frida encarou ao longo da vida), bonequinhas (o carro-chefe) e mais algumas dezenas de opções com a temática. “Não é uma moda. Foi uma aposta feliz e, pelo visto, (o culto à artista) nunca vai acabar. Tem de pessoas mais ‘velhas’ até a garotada (entre os fãs de Frida). E lá se vão quatro anos”.

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