Fórum Internacional de Dança mostra experiências inovadoras

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
23/10/2014 às 07:51.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:43
 (Gregory Batardon)

(Gregory Batardon)

Mais uma vez, o Fórum Internacional de Dança (FID) mostra ao público que a beleza da dança não é exclusividade de grandes companhias nem de corpos esculturais. E que a linguagem do corpo pode dialogar com inúmeras possibilidades. Em sua 19ª edição, o evento vai ocupar principalmente o Teatro Oi Futuro Klauss Vianna e o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), contando ainda com outros espaços para oficinas, conferências e reflexões. A preços populares, os eventos acontecem de 29 deste mês até o dia 9 de novembro.

Mesmo com 50% dos recursos ideais para a realização do evento, o FID traz atrações estrangeiras bem interessantes. A começar por “Disabled Theater”, fruto da colaboração entre o coreógrafo francês Jérôme Bel e o grupo suíço Theater HORA, formado por atores profissionais com deficiência intelectual. O foco é o debate sobre quem é normal.

Há ainda a companhia de Gilles Jobin, que construiu o espetáculo “Quantum” a partir de suas pesquisas no famoso CERN (maior laboratório de física de partículas do mundo). Ou seja, toda a coreografia é baseada em teorias físicas.

Até as crianças poderão participar do FID, ao contemplar o espetáculo “Danse Étoffée sur Musique Déguisée”, do belga Thomas Hauert – criado a partir de uma composição de John Cage.

Já as atrações nacionais serão Alejandro Ahmed (do grupo Cena 11, de Florianópolis), Eliana de Santana (com duas apresentações sobre sua vivência na periferia de Guarulhos) e Zélia Monteiro (professora que já foi assistente de Klauss Vianna).

“Para atrair o público para a dança, é necessário ter uma continuidade. É como uma alfabetização, o aprendizado é feito por meio da repetição. Além disso, os ingressos têm que ter preços populares”, afirma a diretora artística Adriana Banana, que este ano dividiu a curadoria com a dançarina belga Dorothé Depeauw.

O evento conta, mais uma vez, com o FID Território Minas, um programa de fomento dos grupos mineiros. Dessa vez, Entrecorpos, Joelma Barros e Cia Suspensa irão dividir com o público os processos de investigação sobre corpo e dança que vão resultar em futuros espetáculos. “Pedimos aos grupos que ficassem abertos para o debate com o público”, explica Adriana.

Destaques da programação

Cia Gilles Jobin: dias 29 e 30/10, às 20h30, no CCBB

Alejandro Ahmed: dia 31/10, às 21h, no Teatro Oi Futuro Klauss Vianna

Theater HORA: dias 1º e 2/11, às 20h, no Teatro Oi Futuro Klauss Vianna

Eliana de Santana/ “Afro Margin”: dia 2/11, às 18h, e dia 3, às 20h, no CCBB

Eliana de Santana/ “Lost in Spaceshit”: dias 8 e 9/11, às 19h, no CCBB

Compañia Periférico: dias 6 e 7/11, às 21h, no Teatro Oi Futuro Klauss Vianna

Zoo/Thomas Hauert: dias 8 e 9/11, às 17h, no CCBB

Zélia Monteiro: dia 4/11, às 20h, no C.A.S.A., e dia 8/11, às 20h, no CCBB

O Teatro Oi Futuro Klauss Vianna fica na av. Afonso Pena, 4001, Mangabeiras. O CCBB fica na Praça da Liberdade, 450. O Centro de Arte Suspensa Armatrux (CASA) fica na rua Himalaia 69, Vale do Sol, em Nova Lima.

Os ingressos custam R$ 6 e R$ 3 (meia) e são vendidos nos lugares que recebem as apresentações.
 

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